Pós-jogo: Vasco empata com o Santos e dá adeus à Copa do Brasil

Era o jogo mais importante do Vasco no ano. E a torcida, por sua vez, sabia disso, e tratou de esgotar os ingressos para a partida em São Januário, nesta quarta (21). Precisando vencer o Santos por dois gols de diferença, Jorginho escalou o time sem muitos segredos. Sabendo da dificuldade do jogo, o técnico vascaíno começou jogando com Diguinho e Douglas de volantes. Luan, Rodrigo, Júlio Cesar e Pikachu formaram o setor defensivo. Andrezinho, mais recuado, apareceu diversas vezes ao lado de Diguinho, dando mais liberdade para Douglas atuar no setor ofensivo. A dupla de ataque foi formada por Éderson e Junior Dutra. Nenê tinha a missão de armar as jogadas e, além disso, aparecer na frente para opção de ataque.

O jogo começou com chuva, mas não foi suficiente para esfriar os jogadores em campo. Logo aos 10 minutos da primeira etapa, Júlio César erra na marcação, Thiago Maia avança com velocidade e cruza para Copete cabecear. Santos 1 a 0. Com esse placar, o Vasco precisava de três gols para levar o jogo aos pênaltis, e quatro para avançar no tempo normal. Aos 15, Nenê cruza, a bola toca em Gustavo Henrique, e os vascaínos se desesperam pedindo pênalti; o juiz manda seguir. Já passava dos 25, quando Junior Dutra cruza, a bola passa por todo mundo, até encontrar Nenê: o vascaíno não perdoa e enche o pé para empatar a partida. Logo depois do gol, Junior Dutra ainda tentou um chute de fora da área, Vanderlei deu rebote, e quase Éderson chega para finalizar.

Aos 47, o árbitro encerra a partida. Com o empate de 1 a 1, o Vasco ainda precisaria de mais dois gols para levar a partida para os pênaltis. No segundo tempo, a equipe vascaína voltou com uma alteração: Madson entra no lugar de Diguinho, bastante criticado e vaiado pela torcida. O jogo começou bem movimentado, com as duas equipes trocando passes e tentando o ataque. Passava dos 10 minutos, quando Jorginho tirou Júlio Cesar, e colocou o garoto Alan Cardoso na lateral-esquerda. Com as alterações feitas, o Vasco foi para cima, deixando assim espaços para o contra-ataque Santista. O técnico vascaíno, ainda na metade do segundo tempo, substituiu o atacante Junior Dutra, para a entrada de Thalles, com o intuito de centralizar mais as jogadas.

Já passava dos 24 minutos, quando o Santos perdeu uma chance clara de gol: Lucas Lima toca para Vitor Bueno, que se enrola bastante e consegue tocar para Joel, na cara do gol, falhar. Logo após essa jogada, Vasco busca o contra-ataque, encontra Thalles na área, que sem condições de finalização, consegue cabecear para Éderson, o atacante empurra a bola para o gol de Vanderlei.  Vasco consegue a virada, mas ainda lhe faltava um gol. A torcida crescia cada vez mais na partida. Já eram mais de 30 minutos da etapa final, quando Éderson, sozinho, recebe passe de Nenê, dentro da área, e chuta para fora, para total desespero dos companheiros.

Uma chance inacreditável de gol. O jogo, após esse lance, foi ficando cada vez mais tenso: o Vasco atacava, o Santos contra-atacava. Toda falta do Vasco, a bola era lançada na grande área. Os cruz-maltinos precisavam de um gol. Até que, quase aos 40 do segundo tempo, o Santos acha uma ligação direta com o colombiano Copete, que impedido, cruza na área, e o zagueiro Rodrigo desvia para o próprio gol. Mesmo com muita reclamação da parte vascaína, o jogo volta a ficar empatado.  Naquele momento, não existiria mais pênaltis. O Vasco precisava de três gols, restando apenas cinco minutos, mais acréscimos. Para piorar a situação, Andrezinho chega na voadora em Luis Felipe, e recebe vermelho direto. Com isso, o jogo foi tomando proporções dramáticas para a torcida vascaína. Discussões de um lado e de outro, faltas e reclamações com arbitragem; e foi assim o final da partida, com Santos classificado para a próxima fase da Copa do Brasil, com o placar agregado de 5 a 3.