Entrevista com o volante França

Welington Wildy Muniz dos Santos nasceu na cidade de Bauru-SP no dia 21 de abril de 1991. Atleta com passagens por Palmeiras, Hamburgo (Alemanha), Londrina e Remo. Conhecido e reconhecido pela força de sua marcação e pela raça em campo

Agradecimento:  Letícia Negrão, ex-colunista do Remo e que fez as perguntas sobre o clube.

 

1- Nasceu no dia 21 de abril de 1991 na cidade de Bauru-SP. Foi revelado no clube da sua cidade, o Noroeste. Quais foram os principais ensinamentos na base? Por que o time não consegue mais desempenhar um bom papel a nível estadual?

R: Esporte Clube Noroeste para mim foi fundamental na minha carreira, além de ser o time da minha cidade foi aonde tudo começou levo o Noroeste no meu coração time que já foi considerado uma força do interior aonde enfrentamos time como Palmeiras, Corinthians e conseguimos sair vitoriosos. Ao meu ver essa situação que o Noroeste se encontra é triste, mas tenho certeza que eles irão voltar à elite do futebol paulista, aconteceu muitas coisas depois que o senhor presidente Damião Garcia saiu muitas gestões erradas que acabaram sendo prejudiciais para o clube.

 

2- Após rápida ascensão em 2012 atuou por Coritiba e Criciúma. Defina como foram as passagens pelas equipes? Quais são os principais pontos positivos de ambos os clubes?

R: Coritiba foi uma experiência muita boa para mim saindo de um time do interior de São Paulo e indo para um grande do estado do Paraná foi uma cosia que eu já sonhava e pude ser vice-campeão da Copa do Brasil fiquei feliz de chegar e conseguir esse vice-campeonato. Já o Criciúma não foi muito diferente cheguei na época pra jogar os últimos 16 jogos fui titular em todos e conseguimos o acesso para Série A aonde fomos vice-campeão brasileiro também, e depois disso foi aonde consegui chegar ao Hannover 96 da Alemanha.

 

3- Chegou a Alemanha para atuar pelo Hannover, não atuou (jogos oficiais) por causa de uma lesão e após isso o diagnóstico de tuberculose. Como foi o período de espera e tratamento da doença? Qual a sensação de ficar um tempo fora dos gramados? Saberia dizer a motivação do clube alemão de não aproveitar seu futebol após sua cura?

R: Alemanha foi um período difícil até pela minha adaptação em um clima de menos 10 graus! Em um jogo treino torcendo o joelho aonde fiquei um mês parado logo depois disso voltei a treinar e na semana do jogo contra o Schalke 04 acabei ficando com febre muito alta aonde fui diagnosticado com tuberculose isso acabou com meu sonho no primeiro momento, mas depois de receber apoio do zagueiro Felipe Santana, da minha família da minha filha Giulia acabei criando força pra continuar! Fiquei 6 meses em tratamento com antibióticos muitos forte, porém com a graça de Deus deu tudo certo consegui voltar a treinar, contudo tinha perdido espaço no time alemão.

Imagem: Hamburgo (Alemanha).

 

4- Retornou ao Brasil para vestir a camisa do Palmeiras. A torcida alviverde não o conhecia e foi tratado como o cão de guarda no time. Fale sobre o seu gol contra o XV de Piracicaba pelo Paulista de 2014?

R: Sim a torcida palmeirense não me conhecia, mas eu sabia que se eu tivesse chance de mostrar meu futebol eles iria gostar de minha foi rápido cair nas graças da torcida pela minha vontade é garra dentro de campo e isso foi muito bom! O gol foi numa noite que parecia dar tudo errado expulsões dos treinadores na época Gilson Kleina e o auxiliar Juninho foi onde o goleiro Bruno assumiu de treinador hahah, aonde ele me colocou e consegui fazer um gol que marcou minha vinda ao Palmeiras e fazer um gol pelo seu time de coração não tem coisa melhor no mundo.

 

5- Jogou no Figueirense e no Londrina. Apesar da sequência, certas situações extra-campo deixaram por muito tempo fora do elenco principal das equipes. Achas que o estigma de atleta fora dos gramados sobre sua pessoa atrapalhou a sua carreira? 

R: Minha vida extra campo me atrapalhou, sim isso é verdade, todavia isso já é passado ficou para trás não penso nisso mais, hoje casado e com minha segunda filha para nascer estou com a cabeça no lugar com minha esposa Ingrid minha família.

Imagem: Londrina EC.

 

6- Como foi sua adaptação ao Clube do Remo? Qual foi o lugar que gostou de visitar em Belém? O que achou da torcida azulina?

R: Nunca tinha jogado uma Série C sabia que seria difícil! Mas graças a Deus consegui me adaptar rápido ao estilo de jogo da divisão, minha passagem por lá foi boa joguei 6 jogos e em todos os jogos acabei me destacando rápido cai nas graças da melhor torcida do que já vi e até hoje ele pedem pra voltar pro remo, isso é gratificante pra mim e não é atoa que eles são os fenômenos azul torcida linda.

 

7- Como analisas o rendimento da equipe durante o campeonato? Por qual motivo o Remo não conseguiu a vaga na segunda fase da Série C? 

R: Isso é difícil de falar por que nosso time era bom tinha jogadores que fazia diferença, acho que faltou um pouco de comprometimento da diretoria com os jogadores, enfim deixamos escapar a chance de lutar pelo acesso a Série B.

 

Imagem: Clube do Remo.