Glorioso de Periçá

Tudo igual! Remo e Paysandu empatam e decisão do título fica para o segundo jogo

O Remo entrou em campo neste domingo (30) para fazer o primeiro jogo da decisão do campeonato paraense, contra o maior rival. Tensões a flor da pele, tanto para torcedores quanto para os jogadores.

 

Josué Teixeira teve dificuldade em escalar o mais querido, visto que estava com desfalques no meio campo. Marquinhos suspenso, Eliseu lesionado, Flamel ainda não estava 100%.

 

Com isso, O time entrou com 7 jogadores formados na base azulina. O volante Jeferson entrou em seu primeiro jogo como titular, Lucas Victor era o camisa 10. Time todo desfigurado. Foi assim que o Remo entrou para disputar o clássico.

 

 

O JOGO

 

            A partida começou com o Remo postado mais na defensiva, fazendo uma linha de 4 atrás e 3 volantes na marcação, auxiliados por Gabriel e Jayme que voltavam para marcar as subidas dos laterais do adversário.

 

Assim, o jogo manteve um cenário de fácil visualização. O Paysandu mantinha a posse de bola, tinha espaço no meio do campo, pois Lucas Victor estava perdido na marcação e proporcionava superioridade numérica ao time bicolor, mas mesmo assim não conseguia penetrar na última linha do mais querido.

 

O Remo, por sua vez, roubava a bola e tentava ligações verticais aos atacantes, explorando a velocidade pelos lados, visto que não tinha nenhum meia armador no jogo. Assim, conseguia ser mais perigoso nos primeiros minutos de jogo.

 

O jogo seguiu desta forma por um tempo: Paysandu com a bola, mas sem efetividade e o Remo sendo mais produtivo usando a velocidade dos atacantes. Com esse cenário, O Paysandu começou a explorar bolas aéreas, sabendo da deficiência do time do Remo.

 

Então aos 28 minutos, a defesa azulina concedeu uma falta desnecessária feita por Tsunami, que rotineiramente chega de forma mais rude nas jogadas. A falta foi cobrada, acontece um comum erro de marcação da zaga remista, o goleiro André Luis não sai do gol e Bergson cabeceia sozinho na pequena área. Paysandu 1 x 0.

 

Com o gol sofrido, o Remo sentiu o psicológico, muito por conta da quantidade de garotos em campo. O Paysandu percebeu isso e começou a atacar as deficiências do Remo e teve chances de fazer o segundo, mas a defesa do Remo se manteve estável o suficiente para evitar.

 

O segundo tempo veio e com ele apareceu um novo Remo. Josué acertou ao substituir Lucas Victor por João Victor, passando o Jayme para o meio e abrindo Edgar na ponta esquerda.

 

O Remo voltou bem melhor, atacando muito mais e explorando bem os lados do campo, principalmente pela esquerda com Edgar. E foi com o atacante azulino que o empate surgiu.

 

Aos 5 minutos da etapa final, Edgar foi para cima do adversário, fez uma bonita jogada e cruzou, a bola passou pelo goleiro Emerson e foi na cabeça de Igor João, que não perdoou. Era o empate do Remo, 1×1.

 

Após o gol, o Remo cresceu no jogo, empurrado pelo Fenômeno Azul que cantou mais forte após o empate. O Paysandu sentiu o gol e o aspecto físico começou a pesar contra.

 

Assim, o time azulino foi pra cima, mesmo com suas limitações técnicas, e pressionou o adversário, utilizando sempre os lados do campo e aproveitando a tarde inspirada de Edgar.

 

O mais querido teve chance de virar a partida mas a zaga bicolor se mantinha bem e evitava o segundo gol remista.

 

O tempo foi passando e o Remo passou a explorar as bolas paradas, tendo seguidas cobranças de escanteio e de faltas próximas a área, mas a bola insistiu em não entrar.

 

E assim seguiu até o juiz trilar o apito e finalizar mais um clássico Rei da Amazônia. Um jogo tecnicamente fraco e de poucas emoções, mas com muita vontade dos jogadores.

 

Este foi o melhor jogo do Remo taticamente, mostrou ao menos uma certa organização na proposta de jogo, mesmo com muitos erros ainda de jogos anteriores. Ficou comprovado que Josué prefere que seu time jogue desta forma, no contra-ataque.

 

Foi assim que o técnico teve sucesso no Macaé e em outros times pequenos. Mas para série C e com um clube como o Remo, ele precisa aprender a fazer com o que o time saiba jogar propondo o jogo, principalmente dentro de casa. Só assim terá sucesso.

 

 

Por Rodrigo Patrazana

 

 

 

FICHA TÉCNICA

 

Local

Mangueirão – Belém (PA)

 

Árbitro

Ricardo Marques Ribeiro

Renda

R$ 474.135,00

Assistentes

Bruno Bosquília e Alessandro Matos

Público

16.550 pagantes

Cartões Amarelos

Paysandu: Ayrton, Perema, Diogo Oliveira

Remo: Renan Silva

Gols

Paysandu: Bergson 28′ 1T

Remo: Igor João 5′ 2T

 

Remo

André Luís;
Léo Rosa, Henrique, Igor João e Tsunami;
Zé Antônio, Gabriel Lima, Jeferson (Renan Silva) (Fininho) e Lucas Victor (João Borges);
Jayme e Edgar.

Técnico: José Teixeira

 

Paysandu

Emerson;
Ayrton, Perema, Gilvan e Hayner;
Augusto Recife, Wesley e Diogo Oliveira (Rodrigo Andrade);
Leandro Carvalho (Leandro Cearense), Alfredo (Wil) e Bérgson.

Técnico: Marcelo Chamusca

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