É por você que eu morro de amor

Atualmente, no clube, há mais de 107 mil sócios. Mas espalhados pelo mundo todo, são mais de 6 milhões de corações que explodem de amor por um clube, por um estádio que foi erguido sobre as águas, com o apoio e a paixão de uma torcida que desde 1909 acompanha seu colorado aonde ele for. No pior momento do clube, a torcida o amou como nunca, se fez mais presente e manteve seu apoio de longe ou de perto, naqueles sábados chuvosos e dolorosos vendo uma partida entre Inter x Londrina, ou num momento emocionante no dia 16 de agosto, com um gol do Tinga.

Quem imaginaria que o clube fundado pelos irmãos Poppe, conquistaria o mundo, que na década de 70 iria ter estrelas como Falcão, o rei de Roma, Figueroa, Carpegiani, Valdomiro, Claudiomiro, Manga, Batista e Caçapava. Jogadores fundamentais, entre outros, que começaram a escrever uma história, e que talvez, naquela época nem imaginavam o que estaria por vir nos próximos anos. Até hoje, lembramos dos nossos ídolos, jogadores que deram suas vidas, suaram dentro de campo, lutaram para dar vida ao nosso clube.

Como o tempo passa, como as coisas mudam, da era dos eucaliptos, onde os primeiros treinos do Inter eram em um terreno baldio, entre a Saldanha Marinho e José de Alencar, até o Japão, em 2006 onde pintamos o mundo de vermelho. Nossa trajetória é de peso, de esperança, de amor, de entrega e muita raça. Os últimos tempos foram cruéis, se nos diziam que a década de noventa havia sido cruel, o ano de 2016 e 2017 se espelhou. Passamos, superamos, falamos que o mundo dá voltas, e com certeza ele deu, voltamos para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído, e começaremos a dar a continuação devida a história robusta do nosso colorado.

Quantas vezes nos pegamos pensando sobre a trajetória, sobre os títulos, os jogos inesquecíveis que nos fizeram perder o ar, que nos deixaram sem chão, ou até mesmo nos alucinaram. Tamanha gratidão por todos esses momentos que passamos com nosso clube do coração, por aquele que morremos de amor, não importa de onde veio esse sentimento, mas sim como cultivamos e mantemos vivo ele dentro de nós, seja apoiando dentro do nosso Beira-Rio, ou de casa, ou de longe. Cada grito, cada vibração, cada comemoração, os pulos de alegria, os abraços aos desconhecidos em dia de jogo, na cadeira ao lado.

Feliz daquele que é colorado, daqueles que puderam ver o rolo compressor, o brasileiro invicto, daqueles que foram até o Japão, ou que ajudaram a rasgar a camisa do São Paulo, que era o atual campeão do mundo. Ó colorado das glórias querido, continue nos proporcionando todo esse sentimento, que para alguns não passa de “um simples jogo” ou “11 homens correndo atrás de uma bola por dinheiro”. Nós sabemos todas as alegrias e emoções que tu nos proporciona, as amizades incríveis que tu unes na frente do estádio, sempre foi e sempre será, por ti Inter.

Foto de capa: SC Internacional.