Em semana de clássico, GreNal do Século completa 31 anos
Há 31 anos o Beira-Rio foi palco do grenal mai emblemático da história do futebol gaúcho. Naquela tarde de domingo do dia 12 de fevereiro de 1989, Inter e Grêmio entravam em campo para protagonizar o Grenal do Século. A partida valia uma vaga na final do Campeonato Brasileiro de 88 e um lugar na Copa Libertadores da América.
O jogo de ida terminou em um empate de 0 a 0, no Olímpico, em uma quarta-feira de Cinzas. A decisão então ficou para o Beira- Rio em meio a um mar vermelho e branco. Com a presença de mais de 78 mil pessoas, aquela tarde de domingo nãos seria só mais um jogo. Seria no fim uma epopeia.
Primeiro tempo
Ao apito do árbitro Arnaldo César Coelho, iniciava a partida com os dois times com muita sede de vitória. Mesmo com o jogo equilibrado, o Grêmio, comandado por Rubens Minelli, aos 25 minutos, conseguiu abrir o placar. Após passe de Cristovão, o lateral Aírton lançou a bola perfeitamente para Marcos Vinícius. O centroavante recebeu na entrada da área, superou os marcadores colorados e chutou no canto do gol de Taffarel. Grêmio não deu espaço para o ataque colorado. O Inter concentrou suas tentativas na bola parada. E a melhor chance do time da casa foi em uma jogada ensaiada em que Maurício fica de cara com o gol, mas Mazaropi salvou.
Aos 38 minutos, Casemiro foi expulso ao atingir o jogador tricolor com as travas da sua chuteira. Naquele momento, os torcedores do Clube do Povo não poderiam imaginar que aquilo parecia um grande desastre acontecendo dentro da sua casa teria um final feliz. Ao sair do campo, o lateral colorado fez questão de impulsionar a torcida para não desistir até o apito final. Ainda no primeiro tempo, o Grêmio continuou atacando e trazendo perigo para defesa colorada. Entretanto, o jogo terminou a primeira etapa apenas com um gol do tricolor

Segundo tempo
Em um cenário nada favorável ao Inter, o técnico Abel Braga tinha a missão de orientar seus jogadores dentro do vestiário para conquistar uma virada histórica. Entrou gritando e chutando paredes. A cobrança do treinador foi imprescindível para a o Inter voltar a campo atacar até conquistar a vitória. O técnico exigiu que todos os 10 jogassem por Casemiro, que conquistassem a vitória, porque caso o contrário a carreira do lateral estaria comprometida. Além da motivação dentro do vestiário, Abel fez uma mudança fundamental no time: substituiu o volante Leomir por um atacante, Diego Aguirre. Tal mudança colocou o time para frente, depositando as energias no ataque.

No segundo tempo, com a alteração, o Inter tinha como referência Aguirre na linha de frente. Nilson foi recuado para sua posição inicial, como meia. O gol do empate não demorou e aos 16 minutos Nilson marcou o seu primeiro gol da partida. Edu Lima foi derrubado por Alfinete e o próprio atacante cobrou a falta. Em direção a marca do pênalti, a bola viajou até Nilson que de cabeça abriu o placar, sem chances para Mazaropi defender. Naquele momento, o Gigante pulsava em uma só sintonia.
