Juventude

O meia Renato Cajá concede entrevista exclusiva ao site MF

Renato Adriano Jacó Morais nasceu no dia 15 de setembro de 1984 na cidade de Cajazeiras-PB. Fostes revelado pelo Mogi Mirim e tens passagens por Botafogo, Grêmio e Ponte Preta. Atualmente estais no Juventude. Conhecido e reconhecido pela habilidade de campo e respeito a camisa

 

1- Tens sua base formada no Mogi Mirim. Quais foram os principais ensinamentos adquiridos naquela época? Por quais motivos, o clube não consegues mais ascender de divisão (mesmo que seja estadual)? Atuou por Barretos e Ferroviária, como analisas o atual momento destas equipes? Acreditas que a Locomotiva como a sua nova gestão conseguirá chegar mais longe em nível nacional?

R: Me profissionalizei no Mogi e cresci no clube. Aprendi muita coisa com grandes técnicos e jogadores que acrescentaram na minha vida e na minha carreira também, como posicionamento tático e tudo mais. Infelizmente, hoje o clube está vivendo tempos difíceis e eu torço para que voltem a crescer, conquistem títulos e voltem a ser um clube que revela grandes atletas. O Barretos foi um momento difícil. O clube participou da Série A3 do Paulista, lutaram para deixar o time na divisão e eu torço muito para que volte a ser como era. A Ferrinha é uma equipe que tenho no coração. Me acolheu em 2006, me ajudou muito, foi onde joguei com grandes jogadores e pude ver a Ferroviária crescer. Fico feliz em ver o crescimento do clube e torço para vê-la na Série B ou até Série A do Brasileiro. Sou muito grato pelos três clubes, por onde tive grandes passagens.

2- Passou por Al Ittihad (Arábia Saudita), Botafogo, Grêmio, Guangzhou Evegrande (China) e Kashima Antlers (Japão). Como foi atuar em três grandes clubes do continente asiático? Como avalias a evolução destes países perante o mundo? O que poderia nos dizer sobre a estrutura e a torcida do Glorioso e do Imortal? Se pudesse voltar, para qual dessas equipes iria?

R: Foram experiências incríveis, sem dúvidas. Os três países são completamente diferentes do Brasil. Na Arábia tinha bastante a questão da temperatura, onde fazia muito calor e tínhamos esse problema, às vezes até treinávamos de noite. Na China, eu estava lá quando começaram a investir no futebol, mas é bem interessante como os chineses gostam de acompanhar seus clubes. No Japão foi onde me adaptei mais rápido, tanto no país quanto no futebol praticado mesmo. Mas nos três países me receberam muito bem, independente de quanto tempo fiquei. Os três são países muito evoluídos, de ponta e foi muito bom poder conhecer esses lugares completamente diferentes daqui. Quanto a isso, ainda temos muito a aprender. O Botafogo e o Grêmio são clubes que tenho grande carinho aqui no Brasil, ambos tem torcidas apaixonadas e são gigantes. Por ter ficado mais tempo no Glorioso, acho que escolheria lá para voltar, mas tenho um carinho muito grande pelos dois.

Foto: AA Ponte Preta.

3- Vestiu as camisas de Bursaspor (Turquia), Vitória, Bahia e Goiás. Como analisas a rivalidade entre os clubes baianos estando em ambos os lados? O fato de ter atuado no rubro-negro lhe atrapalhou em algo quando acertou com o tricolor baiano? Como vês a evolução do Bahia e Goiás no cenário nacional? Atuou no futebol europeu, para você foi um sonho realizado? Como avalias a sua passagem pela Turquia?

R: É uma das maiores rivalidades do país, com certeza. O povo nordestino é muito fanático e quando é clássico lá eles param tudo para acompanhar. Ter atuado no Vitória não atrapalhou minha ida ao Bahia, porque a diretoria depositou confiança em mim e fui bem recebido no clube. Inclusive, hoje é um dos times que estão em ascensão no Brasil e o Goiás, onde também atuei, vem crescendo bastante também. Fico feliz porque sei que o trabalho dos dois clubes são muito sérios e isso é fruto de muita dedicação da diretoria e dos jogadores para ver o clube em em outro patamar. Infelizmente atuei pouco tempo na Turquia, mas pude realizar o sonho de jogar na Europa. Todo jogador sonha isso quando começa sua carreira, e graças a Deus pude atuar por lá, mesmo que por pouco tempo. Não consegui mostrar meu melhor futebol por conta do número de jogos que estive em campo, mas dei meu máximo quando estive no time.

 

4- Atualmente retornou ao Juventude (sendo sua terceira passagem), mas também teve cinco idas a Ponte Preta. Se consideras ídolo destas específicas equipes? Para você, teve alguma diferença entre passagens (qual for a melhor em sua opinião)? Como avalias o ano de 2019 com a equipe ponte-pretana? Qual é a sua idealização para o próximo ano junto a camisa do Juventude?

R: Acredito que quem tem que considerar ídolo ou não é realmente a torcida e o clube, mas creio que nos dois clubes tive boas passagens, fui bem recebido, recebi muito carinho dos jogadores e da torcida, então são duas instituições que tenho o máximo respeito e um carinho enorme. Na Ponte, onde tive mais passagens, vivi momentos muito bons e tive apenas um período um pouco conturbado, mas nesta última passagem ficou claro o carinho da torcida comigo e o que tenho pelo clube também. No Juventude, agradeço muito por abrirem as portas para mim e confiarem no meu trabalho. Consegui ajudar no acesso à Série B esse ano e vou dar meu máximo ano que vem para alcançar nosso objetivo, que é fazer uma boa temporada, chegando longe no Gauchão e buscar o acesso à Série A.

Foto: Goiás EC.

5- Uma mensagem para os colunistas e leitores do site mercadodofutebol.com?

R: Gostaria de mandar um abraço a todos os colunistas e leitores do site. Agradecer pela oportunidade de estar lembrando da minha carreira, clubes que joguei e tudo mais. Obrigado a todos.

Tags: ENTREVISTAS
Jean Lucas

Jornalista por formação, Geógrafo nas horas vagas, dono de um conhecimento vasto sobre o futebol, países e curiosidades que vocês somente verão em minhas matérias.

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