10 anos sem o Mestre Telê
Dois campeonatos brasileiros, duas libertadores, dois mundiais e muito mais títulos. Um verdadeiro curriculum de clube gigante, mas estamos falando de apenas um técnico, porém um dos maiores treinadores do futebol brasileiro, conhecido por muitos carinhosamente como Mestre Telê, ou Tele Santana. Um torcedor declarado do tricolor carioca que acabou marcando historia no tricolor paulista. O treinador passou de azarado, por ter falhado duas vezes com a seleção brasileira, a um ídolo tricolor, após ser bicampeão mundial com o São Paulo. Com passagem por Fluminense, Atlético-MG, Grêmio, Fluminense, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e até pelo futebol árabe, Mestre Telê deixa saudades por onde passou e deixou sua marca com títulos e revelando jogadores.
JOGADOR
O amor de Telê pelo futebol começou aos 13 anos, pois em seu segundo emprego, como auxiliar de escritório em um fabrica de calçados era condicionado a que ele jogasse na base do time de sua pequena cidade no interior mineiro, Itabirito. Telê aceitou o convite pra esse emprego, por ser mais próximo da sua casa e acabou despontando com craque no pequeno Itabirense. Telê foi por muitos anos o destaque do clube, jogando como centroavante e ali começou a carreira de um mestre do futebol brasileiro.
Como jogador, Telê jogou apenas por Itabirense, América de de São João Del-Rei, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, Guarani e Madureira. Marcou 165 gols e conquistou 21 títulos, sendo o mais importante deles a Taça Rio com o Fluminense em 1952. O mestre acabou encerando sua carreira como jogador em 1963, atuando pelo Vasco da Gama.
O TREINADOR
Começando seu trabalho no juvenil do Fluminense, logo em 1969 o treinador já teve sua primeira chance como técnico, em um time principal, e já começou levando o tricolor carioca ao título estadual em seu primeiro ano. Porém no ano seguinte o treinador foi dirigir o Atlético Mineiro e se consagrou campeão brasileiro em 1971. Depois de boas passagens com títulos e revelando jogadores em São Paulo, Atlético MG, Botafogo, Grêmio e Palmeiras o treinador ganhou sua primeira chance na seleção e tinha uma verdadeira maquina que encantava a torcida com Zico, Socrátes, Falcão e companhia. Porém queria o destino que Telê não fosse bem sucedido no comando da seleção brasileira, em nenhuma de suas duas passagens. eliminação em 82 na segunda fase pra Itália e para França nos pênaltis em 86. Isso acabou levando a Telê uma fama de pé frio, por parte da imprensa.