“Doutor eu não me engano o Casagrande é Corinthiano”
Hoje contaremos a polêmica história de Walter Casagrande Jr um dos ídolos da Democracia Corinthiana
Walter Casagrande Jr, mais conhecido como Casão, 53 anos e com inúmeras histórias e acontecimentos em sua vida, talvez esteja em sua última chance aqui na terra. Doping, acidentes, overdoses, infarto e problemas no coração acabaram marcando sua vida para sempre.
Desde criança Casão tinha o sonho de ser jogador do Corinthians, vivia no Parque São Jorge. Então em 198o fez sua estreia pelo seu clube de coração, mas sua sequencia na equipe foi interrompida brevemente. Após um desentendimento com Oswaldo Brandão, Casão foi emprestado para o Caldense. Mas seu destino realmente estava traçado para brilhar no Corinthians e em 1982 ele voltou para fazer parte da Democracia Corinthiana.
Ao lado de Sócrates, Wladimir, Biro-Biro e Zenon o adolescente Casão era um dos grandes entusiastas do movimento, que brigava por Diretas Já e pregavam o fim da concentração antes das partidas, uma espécie de liberdade para todos. O movimento acabou dando certo e o Corinthians foi campeão Paulista em 82 e 83. Durante a Democracia, ficou marcado uma pequena rusga com o goleiro Emerson Leão, que era totalmente contrário ao movimento. Porém, hoje Casão fala que sempre manteve um ótimo relacionamento com o ex-goleiro, que não apoiava o movimento, porém respeitava e sempre foi super profissional.
Seu lado explosivo começou a dar problemas em 84, quando foi emprestado ao São Paulo, após brigas com a comissão técnica. No rival, Casão teve que jogar fora de posição, visto que Careca era o centroavante. Casão teve uma boa passagem pelo Tricolor Paulista, mas no ano seguinte já estava de volta ao Parque São Jorge. Suas ótimas apresentações renderam a convocação para a Copa do Mundo de 86, para ser reserva de Muller.
Europa
A vitrine da Copa do Mundo rendeu ao Casão uma venda para o Porto, sendo campeão da Liga Uefa em 87. Mas Casão fez sucesso mesmo no Ascoli e no Torino, brilhando em jogos decisivos, chegando a fazer 2 gols na final da Liga Uefa pelo Torino em 92, mas o título acabou ficando com o Ajax. Nessa passagem pela Europa, Casão admitiu recentemente que foi obrigado a jogar dopado. Dizia que a prática era comum na época, então aplicava uma injeção onde o jogador não sentia dor muscular, cansaço, fazendo com que ele corresse muito mais do que o normal.