Luca Toni Varchetta Delle Cave, futebolista italiano, autor de mais de 300 tentos na sua carreira, deixou sua marca em grandes clubes, como em equipes de menor expressão, nem por isso deixará de ser lembrado, pela sua genialidade dentro da pequena área
Ontem teve uma partida pelo campeonato italiano, Hellas Verona x Juventus, podem se perguntar: O que tem de especial nisso? Um confronto de uma equipe já rebaixada e em último lugar e o atual campeão nacional, somente isto? Não mesmo. Ontem, se despedia, um dos últimos camisas “9” reais do futebol mundial, um atleta que quando entrava em campo, tinha marcação especial, pois senão o gol do clube adversário já era certo. O cara que não chamava a atenção por sua genialidade com a bola, porém pelo simples fato de marcar gols como se fosse algo de extrema facilidade.
O jogo em si, não foi muito movimentado, principalmente pelo fato da Juventus não ter alguns dos seus principais atletas (Pogba, Khedira, Morata e Mandzukic), mesmo sendo último colocado, o Hellas Verona foi senhor da partida, dominando as ações e aos 40 minutos do primeiro tempo, pênalti para o Hellas Verona, na bola, Luca Toni, vamos a narração imaginária deste momento impar:
“Toni contra Neto, ele chutou com o pé direito, cavadinha, o Hellas Verona abriu o placar da partida, gol de Luca Toni, no minuto 40, o gol de número 308 na sua carreira”.
Passado o momento mais importante da partida, ainda tiveram gols de Viviani (Hellas Verona) em um belo gol e Dybala (Juventus) em um penalidade máxima, além disso o lateral Alex Sandro foi expulso. No final da partida, Luca Toni foi ovacionado por todos do estádio Marc’Antonio Bentegodi. Apesar do rebaixamento do clube apagar um pouco o brilho final do atacante italiano, este jogo, foi marcante e representa muito bem uma despedida em grande estilo, como forma de agradecimento aos serviços prestados ao nosso futebol.
Luca Toni, carreira:
Foram 15 times, 13 delas italianas (Modena, Empoli, Fiorenzuola, Atletico Roma, Treviso, Vicenza, Brescia, Palermo, Fiorentina, Roma, Genoa, Juventus e Hellas Verona), além de Bayern de Munique (Alemanha) e Al-Nasr (Emirados Árabes Unidos), 308 gols em mais de 640 partidas, média um pouco superior de 0,4 gol/partida. Vamos aos pontos principais de sua carreira.
Modena, Empoli, Fiorenzuola, Atletico Roma, Treviso, Vicenza e Brescia:
A sua carreira começou no modesto Modena, atualmente na segunda divisão nacional, foram 8 gols em cerca de 30 jogos, depois foi para o Empoli, passagem rápida de 3 jogos e um gol. A próxima partida foi no Fiorenzuola, atualmente sem divisão a nível nacional. No Atletico Roma, o primeiro destaque, mesmo sendo a nível inferior nacionalmente, 33 jogos e 16 gols que o levaram ao Treviso, outra boa passagem, 39 partidas e 16 gols. Seus gols estavam rendendo e finalmente ascendeu a primeira divisão do país com o Vicenza, foram 33 embates e 9 gols, nada ruim para a estreia em alto nível. No Brescia, a regularidade apareceu, foi a primeira vez no profissional que se manteve em uma equipe por duas temporadas, 50 jogos e 16 gols.
Palermo e Fiorentina:
A regularidade se manteve nas duas próximas equipes, não somente isto, contudo a máquina começou a fazer vários gols e chamar a atenção de grandes clubes. No Palermo, duas temporadas, 52 tentos em 83 jogos, além de seu primeiro título na carreira, a Série B 2003/2004 e artilheiro da competição. Na Fiorentina, a média excelente de bolas na rede permaneceu, 71 gols em 49 embates, artilheiro da Série A e chuteira de ouro em 2005/2006, a passagem dele foi tão boa que ele voltou na temporada 2012/2013, mesmo não estando mais no auge, não comprometeu com 8 gols em 28 jogos.
Bayern de Munique:
O Luca Toni se tornou um grande nome no cenário mundial na equipe bávara, o time que tem características ofensivas foi um “prato cheio” para o artilheiro, que foi muito bem em 3 temporadas, 58 tentos em 88 partidas, o melhor momento da sua carreira, campeão do Campeonato Alemão, da Copa da Alemanha e da Copa da Liga Alemã, artilheiro da Liga Europa e da Bundesliga.
Roma, Genoa, Juventus e Al-Nasr:
Aos 32 anos, voltou ao futebol italiano, como se sabe, as marcas da idade, começaram a aparecer, mesmo assim, o gênio da pequena área, se manteve na ativa e marcando seus tentos, no time da capital foram 17 jogos e 5 gols. Na mesma temporada foi ao Genoa em 18 partidas foram 7 gols, assim se creditou a jogar em um dos grandes times italianos, algo que faltava na sua carreira. Na Juventus foi abaixo da expectativa em 15 embates foram 2 gols. Como muitos jogadores em fim de carreira foi se aventurar no Oriente Médio atrás dos chamados “petrodolares” em uma equipe dos Emirados, o Al-Nasr foi muito bem, com 7 tentos em 14 jogos.
Hellas Verona:
O seu desfecho foi muito positivo, era o expoente do recém-promovido Hellas Verona e foi o grande maestro na manutenção da equipe na primeira divisão nas últimas duas temporadas, no total foram 52 gols em 100 partidas, boa média de 0,52 gol por jogo, foi artilheiro da Série A 2014/2015 com 22 gols.
Seleção Italiana:
Entre 2004 e 2009, foi campeão mundial com a seleção de seu país, em uma equipe que encantava pela habilidade e garra apresentadas, foram 47 jogos e 16 gols.
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Por fim, o atacante elogiou a passagem de Rabello pelo Galo, destacando o profissionalismo do mesmo no clube.