Marcos Roberto Silveira Reis, nasceu em 4 de agosto de 1973, na cidade de Oriente, no interior de São Paulo. Defendeu o manto alviverde com orgulho durante 20 anos, duas décadas marcadas por conquistas e defesas memoráveis.
A definição de santo para o catolicismo é uma pessoa que desempenhou uma obra admirável nesta terra. Para os palmeirenses, é um goleiro que fez defesas espetaculares, que renegou propostas do exterior, honrou o manto e sempre defenderá a instituição mediante qualquer tentativa de menospreza-la. O santo da casa palestrina além de San Gennaro (santo oficial italiano, de onde é proveniente a Sociedade Esportiva Palmeiras), se chama São Marcos.
Em 1992, começou a sua carreira no Palestra Itália, vindo do modesto Lençoense, sua primeira aparição em campo, foi no dia 16 de maio de 1992, em um amistoso, contra o Guaratinguetá, o placar foi 4 a 0. Depois disso, ficou esperando sua oportunidade sendo terceiro goleiro, entre 1996 e 1999, era o reserva imediato de Velloso, outro grande goleiro da história palmeirense, virou titular com a sua lesão, a partir dali que Marcos se tornou o que é atualmente.
Na Libertadores de 1999, o antes reserva, se tornou o melhor atleta e revelação da competição, operou milagres principalmente nas partidas contra o Corinthians, nas quartas-de-finais, foi decisivo nas penalidades máximas. Na final, contra o América de Cali, parecia tudo perdido, porém a camisa alviverde se sobressaiu e o tão esperado título veio.
No ano seguinte, o Palmeiras estava com a moral elevada pela conquista do título, na semifinal, outro grande confronto contra seu maior arquirrival e Marcos chegou ao ápice de sua santidade. Após resultados de 4×3 para o Corinthians e 3×2 para o Palmeiras, penalidades máximas novamente, última cobrança, Marcelinho Carioca na bola, ele chutou e Marcos defendeu, vaga na final garantida e nome marcado para a eternidade palestrina.
Em 2001, nas quartas-de-finais da Libertadores, o Palmeiras decidiu sua vida novamente nas penalidades máximas, agora contra o Cruzeiro, Marcos de forma esplendorosa defendeu três cobranças de penalidades e classificou o alviverde para semifinal da competição. Na Copa do Mundo de 2002, o santo foi titular e importante para a conquista do último mundial da seleção, foram 7 jogos e 4 gols tomados, muitas defesas, as principais foram contra a Bélgica nas oitavas-de-final e Alemanha na final.
No final deste ano, o Palmeiras foi rebaixado para a segunda divisão do brasileiro, entretanto em uma prova de amor, algo difícil atualmente, Marcos recusou proposta do gigante Arsenal, da Inglaterra, além de propostas do Fluminense, Cruzeiro, Vasco e Internacional.
“Deixei de ser apenas um jogador de futebol quando recusei uma proposta de R$ 45 milhões para jogar no Arsenal, da Inglaterra, e preferi disputar a Série B do Brasileiro pelo Palmeiras.”
Em 2003, mais experiente, liderou a jovial equipe palmeirense na conquista da Série B, título conquistado com certa facilidade, na fase final foram 6 jogos, sendo 5 vitórias e um empate. A partir de 2004, as lesões começaram a fazer parte de forma latente em sua carreira, atrapalhando não somente o arqueiro, entretanto toda a equipe palmeirense que não conseguia desenvolver seu melhor futebol e conquistar títulos para sua vasta coleção. Em 2005, disputou a Copa das Confederações, mesmo sendo reserva, conquistou o seu último título com a seleção nacional, após goleada sobre a arquirrival Argentina por 4 a 1.
A sua maior lesão foi em 2007, após 11 meses fora, já no ano seguinte, Marcos tomou o posto do seu discípulo Diego Cavalieri, que estava indo muito bem na meta alviverde. A superstição do número 12 afastava as lesões segundo ele, além disso trouxe um título de volta a casa palmeirense, com duas vitórias sobre a Ponte Preta (1 a 0 em Campinas e 5 a 0 no Palestra Itália), a equipe conquistou o campeonato estadual daquele ano. Neste mesmo ano, o clube conseguiu a vaga na Libertadores e o goleiro Marcos conquistou a terceira colocação de jogador mais popular do mundo, atrás somente de Cristiano Ronaldo e Kaká, segundo a IFFHS.
Em 2009, o santo voltou a ser decisivo e a operar seus milagres em campo. Novamente pela Libertadores, nas oitavas, o Palmeiras enfrentou o Sport, após vitória em casa e derrota na Ilha do Retiro, a decisão foi para os pênaltis. Nas cobranças, três defesas maravilhosas e classificação palmeirense para a próxima fase, foi a última participação do santo em Libertadores, mais uma que ele deixou sua marca. No mesmo ano, o Palmeiras liderou por várias rodadas no Brasileirão, contudo erros administrativos, deixaram a equipe fora até mesmo da Libertadores, mesmo assim conquistou o prêmio de melhor goleiro da competição.
Em 2010, Marcos conseguiu a marca de 500 jogos (contra o Vitória pela Sulamericana) defendendo a meta palestrina, se tornou o segundo goleiro com maior número de partidas pela equipe. Ainda mostrou sua santidade em embates pelo Campeonato Paulista e Copa do Brasil, no entanto a irregularidade do time, fez o arqueiro pensar na sua aposentadoria. No ano seguinte, sua última partida, empate contra o Avaí por 1 a 1 no Pacaembu.
Em 2012, foi a despedida para a torcida palmeirense, um jogo amistoso entre a Seleção Brasileira de 2002 e o Palmeiras de 1999, 30 mil torcedores se emocionaram em uma grande partida, principalmente por não ter mais o grande goleiro que era Marcos na sua equipe, neste jogo, ele fez seu segundo gol na carreira (seu primeiro gol foi contra a Inter de Limeira pelo Paulista de 2001), após uma grande pressão da torcida e de seus amigos. Hoje o santo é embaixador e símbolo eterno da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Frase autoral que resume a obra de Marcos pelo Palmeiras:
“Com 16 anos aqui, não consigo ser só profissional. Nunca fiz média com ninguém. Se a torcida gosta de mim, foi pelas coisas que conquistei. Foi por ter quebrado a clavícula ao me jogar na bola numa dividida. Foi por ter deixado de lado uma proposta de 45 milhões do Arsenal para ficar aqui e jogar a Série B. Nesse momento eu deixei de agir só com a razão. Às vezes, faço as coisas com o coração, como um verdadeiro torcedor. Eu gosto demais do Palmeiras e só faço as coisas para ajudar. Mas sei que isso às vezes atrapalha.”
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