Muchas Gracias Palermo, lo que hiciste por Boca no se olvida en la vida!

Martín Palermo foi um atacante com sua história toda praticamente ligada ao Boca Juniors. Revelado pelo Estudiantes de La Plata e com passagens pela Espanha (Villarreal, Betis e Alavés), foi no time Xeneize que ele construiu toda sua história.

Palermo era um atacante canhoto, alto que compensava a falta de técnica com uma raça e força de vontade incrível. Certamente no Brasil, Palermo não seria considerado um bom atacante, mas na Argentina sua raça e seus gols marcantes ficaram marcado na história do futebol.

Começou sua trajetória em La Bombonera no ano de 97, juntamente com os irmãos Schelotto. Já no título do Campeonato Apertura de 98, Palermo foi artilheiro com 20 gols, recorde em torneios curtos. No ano seguinte, o Boca seria bicampeão e Palermo começou sua histórias controversas em sua carreira. Em um jogo contra o Colón de Santa Fé, Palermo rompeu o ligamento cruzado anterior, permaneceu em campo e marcou seu centésimo gol na Primeira División.

Sua volta aos gramados foi antecipada para enfrentar o River Plate, no Superclássico pelas quartas-de-final da Libertadores da América. Longe de suas condições ideias, Palermo marcou o último gol na vitória por 3 a 0, em plena La Bombonera pulsando. Neste mesmo ano, Palermo viria a ser decisivo na final da Copa Intercontinental, marcando os dois gols da vitória em cima do Real Madrid.

Em sua passagem pela Espanha, Palermo manteve a regularidade de gols, mas não teve o mesmo brilho que tinha no Boca Juniors. Para piorar, uma lesão ao fraturar a perna em um muro, acabou atrapalhando sua carreira e antecipou sua volta ao time do coração, em 2004, mantendo a rotina de gols, lesões e fator marcantes, como na partida contra o Vélez Sarsfield em Outubro de 2009, ao fazer um gol de cabeça com uma distância de quase 40 metros do gol. Palermo também proporcionou feitos marcantes, ao fazer o gol que o Pelé não fez, do meio da rua. Palermo também teve a proeza de fazer um gol de pênalti onde, ao escorregar, bateu com as duas pernas na bola ao mesmo tempo.

Mas foi no dia 12 de abril de 2010 que Palermo entrou definitivamente para a história do Boca Juniors. Curiosamente no dia 12, número ligado a sua fanática torcida “La 12”, Palermo fez dois gols contra o Arsenal e tornou-se o maior artilheiro da história do clube. Palermo não teve uma passagem muito relevante pela seleção argentina, pelo contrário. Entrou para o Livro dos Recordes por perder três pênaltis de maneira incrível na mesma partida, contra a Colômbia, inacreditável.

Martin Palermo foi um guerreiro, entrando merecidamente na galeria de ídolos eternos do Boca Juniors. Muita gente não sabe que o atacante superou a morte de um filho e continuou brilhando em sua carreira. Assim, no dia 12 de Junho de 2011, Palermo disputou sua última partida, tendo uma bela homenagem na La Bombonera. Como presente, recebeu as traves do gol que fica na frente do setor da “La 12”.

“Muchas gracias Palermo, muchas gracias Palermo,

Muchas gracias Palermo, muchas gracias Palermo…

Vos nos diste los goles,

vos nos diste alegrias,

lo que hiciste por Boca

no se olvida en la vida!”