Ao ler o título e principalmente ver a foto, você leitor pode se perguntar como que um jogador de futebol pode pedir para que quando estiver morrendo, que alguém o leve não para um hospital, mas sim para um um estádio de futebol. Mas não se engane. Alguns jogadores são muito mais do que simples jogadores. E a história que te contarei a seguir, vai te mostrar que esse jogador, que ainda está em atividade é uma lenda.

Steven George Gerrard, ou apenas Steven Gerrard, nasceu em Whiston em 30 de maio de 1980, atualmente defende os Los Angeles Galaxy, da Liga Norte Americana de Futebol ou a MLS (Major League Soccer), mas foi na terra dos Beatles onde ele realmente brilhou.

Steve em 98.
Sua estréia no time do Liverpool aconteceu em 1998 com então apenas 18 anos. Depois de dedicar 11 anos ao clube de coração de seu pai, irmão e de seu primo (que faleceu na tragédia de Hillsborough) Stevie ja começava a demonstrar seus talentos não só com as bolas nos pés, mas na liderança no clube.

Sim. Pouco tempo depois, apenas 4 anos após a sua estréia e com 22 anos nas costas, o então jovem prodígio assumia a faixa de capitão do até então maior vencedor do Campeonato Inglês. E não parou por aí. Algum tempo depoits, The Capitain assumiu a faixa também da seleção inglesa. Disputando 2 copas do mundo e em 2006 formando o então “melhor meio campo do mundo” com Frank Lampard, David Beckham e Joe Cole.
Porém, o melhor ainda estava por vir. A conquista da Liga dos Campeões da UEFA de 2004-05, vinte e um anos após o último título da equipe dos Reds no mais importante troféu europeu de clubes. Na partida final, contra o Milan, considerada por muitos como a mais emocionante já vista no torneio, Gerrard marcou o primeiro gol da incrível recuperação do Liverpool, que perdia por 3 x 0 para os italianos até o intervalo, empatou e conquistou o título na disputa por pênaltis. Ao fim da partida, Gerrard foi eleito o Homem do Jogo, prêmio concedido pela UEFA ao melhor em campo.

Em maio de 2015, Steven fazia sua ultima partida em Anfield, o estádio do Liverpool. Após dedicar 25 anos de sua vida ao mesmo clube, ele viu mais de 45 mil pessoas o homenageando do início ao fim do jogo. Ele não conteve a emoção. Após entrar em campo, aos cantos do hino do time “You Will Never Walk Alone” cantado em capela pelo o estádio inteiro, lágrimas caíram dos seus olhos. Era o fim de uma era.

E então você olha pra essa história e começa a refletir sobre o que eu disse lá em cima, no começo do texto. Um jogador mostra não só com as bolas nos pés, mas na atitude que um estádio de futebol é sua casa, é aonde ele quer estar até depois da vida. É aonde ele merece ser enterrado. É aonde as lendas devem ficar. Nessa e em outras horas, que esse tipo de jogador mostra que futebol é muito mais que um jogo.