Entrevista com o atacante Paulo Rangel, do Londrina

Paulo Rangel do Nascimento Gomes, nasceu em 4 de fevereiro em 1985 (32 anos). Conhecido e reconhecido pela sua artilharia em vários clubes do país e do mundo. Atualmente está no Londrina, possuindo passagens pelo futebol da Tailândia e Malásia.

 

1- Nasceu na cidade de Belém, do Pará, no dia 04 de fevereiro de 1985. Foi revelado pelo Boa Vista (Portugal). Como é ter sua base no futebol fora do país? Como chegou a Portugal? Comente também sobre as suas passagens pelo Varzim, Gondomar, Maia e Lousada?  

R: É verdade, sai muito novo de Belém, do Pará com 17 anos, tive oportunidade de jogar na Europa e não pensei duas vezes. Foi muito importante essa base, aprendi muito taticamente e tecnicamente, evolui bastante, então foi de grande valia essa minha saída para a Europa. Tive passagens pelos clubes citados acima, por que em Portugal, normalmente quando se é jovem, eles emprestam, para adquirir experiência. Além disso joguei no Boa Vista, sendo uma sensação muito positiva.

 

2- Entre 2007 e 2008, atuou por Baraúnas, América-RN, Corinthians-AL, Potiguar e Salgueiro. Fale-nos sobre a estrutura e o modo de jogabilidade dos clubes nordestinos? Diga-nos pontos e momentos positivos em cada clube? 

R: Tive passagens por diversos clubes no Nordeste, tendo grande destaque, principalmente no Salgueiro e no Baraúnas, onde fui campeão e artilheiro. Na relação de estrutura, tende muito ainda a crescer, comparado aos clubes do Sul e Sudeste, fui muito feliz, sempre bem tratado, por uma torcida calorosa e que apoia. Tento levar comigo, todas as experiências positivas, tive sempre bons resultados, principalmente nos clubes a qual citei.

Foto: Divulgação/Lajeadense.

 

3- Entre 2009 e 2012, vestiu as camisas de Santa Cruz, São José-RS, São Raimundo-PA, Lajeadense, Caxias e Cuiabá. Como é atuar em termos de estrutura em clubes como Santa Cruz e Caxias? Atuou em quase todas as regiões no país, poderia diferenciar cada modo de gerência de futebol em cada região? Ainda sente falta de atuar em um clube do Sudeste?   

R: Tenho alguma rodagem, aos 32 anos, então joguei em vários clubes, entre eles na região Sul, o Caxias, grande clube e estrutura, no momento disputava a Série C, no entanto as coisas não foram da maneira totalmente correta, todavia a cidade é maravilhosa, junto aos seus torcedores. No Santa Cruz, foi uma experiência rápida, antes estava no Salgueiro, fui chamado e contratado por uma partida, duelo interessante, de passagem de fase, da Série D para Série C, infelizmente não obtivemos o êxito desejado, foi uma ida importante, sempre tentando levar para o lado positivo. Não sinto falta de atuar em um clube do Sudeste, o futebol é algo que acontecesse automaticamente, contudo hoje estou no Londrina, estou muito feliz aqui, estrutura fantástica e que dá todo o suporte para desempenharem um bom trabalho, vou fazer meu papel, e assim aparecerá outras oportunidades, primeiro o foco está no Tubarão e o resto na mão de Deus e do meu esforço.

 

4- Em 2009, jogou no Dibba Al-Hisn (Emirados) e no Muang Thong United (Tailândia), neste clube teve um maior destaque, o que começou a despertar maior interesse no Brasileiros em seu futebol. Quais são as diferenças entre o futebol emiradense e tailandês perante ao futebol brasileiro? Conte-nos sobre sua passagem no Muang Thong?  

R: Então em 2009, tive oportunidade de vestir a camisa de um clube dos Emirados, no inicio a proposta era muito boa, todavia não foi uma experiência a qual esperava. Fiquei sozinho 8 meses, sem minha família, clima muito quente, futebol diferente, alimentação complexa, por isso não foi uma experiência que levarei para vida. Depois fui o Muang Thong United, onde fui artilheiro e campeão, depois fui para a Malásia, onde passei quatro anos, tendo grande êxito, graças a Deus. O futebol Tailandês está a frente do Malaio, em termos de qualidade dos atletas, principalmente os conterrâneos, em termos de estrutura, a Malásia está a frente da Tailândia, foram experiências ótimas, tendo destaque, na vida pessoal, financeira. Foram os países a quais mais me valorizaram e me abriu as portas para retornar ao futebol brasileiro e assim continuar minha jornada no esporte.

Foto: Paulo Rangel/Arquivo.

 

5- Neste ano, chegou ao Londrina, tendo um repentino destaque nesta equipe. O que se deve a este destaque logo no começo do ano? Como avalias em termos de estrutura e a torcida do Tubarão paranaense? Qual é a sua expectativa para este ano no novo clube?   

R: Graças a Deus, cheguei bem, quando encontrei o Londrina, vi uma estrutura maravilhosa, atendendo todas as condições dos atletas, analisei como uma equipe bem montada, um bom técnico e comissão, por isso facilitou muito minha adaptação. No entanto, já vinha me condicionando em Belém, com os meus preparados e minha família, o que deu uma base muito importante, para que chegasse em forma no clube e deu certo. Consegui me encaixar, na proposta de jogo do treinador Tencati e os jogadores, além de muito qualificados, me receberam muito bem, criando um ambiente propício. Isso foi de extrema importância para o destaque no começo do ano, como para toda o elenco, sobre a torcida, é excelente, cobrando sempre por resultados, tanto dentro, como fora de casa. O Londrina é um grande clube, e como tal sempre deve estar disputando entre os melhores do campeonato e na busca de títulos. A expectativa é sempre evoluir, a cada jogo e treino, forte na busca do nossos objetivos.

 

6- Tens um currículo vasto, tendo agora 23 clubes em sua carreira. Para você, qual foi o melhor momento de sua carreira? É melhor atuar no Brasil, na Malásia, em Portugal ou nos Emirados, e por qual motivo?   

R: Como dito anteriormente, tenho 32 anos, possuindo passagens por vários clubes, sempre fui feliz, na maioria dos clubes. Por onde passei sempre fui artilheiro e conquistei títulos, espero dar continuidade a isso no Londrina. Vejo que meu melhor momento na carreira, foi na Ásia, nestes últimos 5 anos, conquistando vários títulos e artilharias, sendo considerado o melhor atleta estrangeiro, além de chuteiras de ouro. Foi um dos melhores momentos da minha vida, onde fui muito valorizado.

 

7- Chegou aos 32 anos, neste mês, aqui no país, alguns tem o pensamento que chegou aos 30 anos, já começa o período da aposentadoria. Como analisas esta máxima? Faça uma inferência sobre a preparação para se manter em forma e continuar fazendo seus tentos? Já possuis algum planejamento para a sua aposentadoria daqui há alguns anos?