Carille projeta mudança do posicionamento de Jadson em 2018.

Jadson foi a grande contratação do Corinthians nesta temporada, o meia chegou para ser titular da equipe e foi um dos poucos investimentos que o clube fez em contratações neste ano. O camisa 10 foi campeão brasileiro naquele time brilhante em 2015, mas acabou saindo junto com grande parte da equipe titular para o futebol chinês. Um ano depois, o meia retornou e o clube estava em um cenário totalmente diferente comparado à época que o jogador foi vendido. Jadson chegou para fazer parte de um elenco desacreditado, que veio de uma temporada – 2016 – complicada e que não tinha muitas expectativas no ano de 2017. Retornou com status de protagonista em um time com poucos jogadores talentosos.

E o meia correspondeu. Foi excepcional nas campanhas vitoriosas no campeonato Paulista e Brasileirão. A campanha do título Paulista e primeiro turno do Brasileirão protagonizaram os melhores momento do time de Fábio Carille na temporada. Muitos atribuem o primeiro turno do Corinthians como um fator preponderante para o título. Foi o maior turno da história, com 47 pontos em 19 jogos ( 85% de aproveitamento). Jadson esteve nesses momentos e era o jogador do passe diferente, que tinha a capacidade de decidir uma partida, pois é o mais qualificado do elenco. Marcou na final do Paulistão sobre a Ponte Preta – 0x3 no primeiro jogo – e no jogo contra o Grêmio, no primeiro turno, na Arena do Grêmio. Jadson fez o gol que decretou a vitória do Corinthians e o disparo da equipe na liderança devida ao triunfo no confronto direto.

Foto: timão Web.

No entanto, a temporada não foi de mil maravilhas para o camisa 10. Pois na décima quinta rodada, o jogador sofreu uma lesão na costela que o tirou por um mês dos gramados pelo campeonato brasileiro. O jogador retornou diante do Vitória, entrou no segunda tempo do jogo que selaria a primeira derrota do Corinthians na competição – no segundo turno. A partir daí, começaria o momento mais difícil do time na temporada. O desempenho dos jogadores caíram drasticamente ( Jadson e Maycon perderam suas posições para Clayson e Camacho no final do ano) e a equipe passou a deixar de fazer muitos pontos –  mas acabou  não prejudicando tanto devida à gordura acumulada no primeiro turno).

Jadson acabou perdendo a posição e era algo natural. O jogador, após o retorno de lesão, passou a ser constantemente substituído, mas o técnico Fábio Carille insistia em sua manutenção no time titular, acreditando em sua melhora e na sua capacidade em decidir partidas por conta de sua qualidade técnica indiscutível. No entanto, o jogador não demonstrou estar tecnicamente e fisicamente em condições ideias. Sobretudo porque o meia atuava pelo lado do campo e tinha um papel importante na recomposição. Por conta disso, Fábio Carille tirou o jogador em um dos jogos mais importantes do ano e deu oportunidade ao Clayson, que já merecia a oportunidade há algum tempo, o jogador foi um dos grandes nomes do time nesse segundo turno, marcando gols decisivos.

Embora tenha perdido posição, Jadson não foi menos importante na reta final de campeonato para o Corinthians. O jogador entrou nos jogos em que o time precisava propor o jogo, buscar o resultado e foi fundamental. Sobretudo nos jogos contra o Avaí e Fluminense – na qual o camisa 10 marcou o gol que decretou o título.

Foto: Jovem pan Esportes

Portanto, devido à essa melhora do Jadson no término da temporada por conta da mudança de seu posicionamento jogando mais por dentro, em uma região que o camisa 10 consegue enxergar o campo tempo e tem menos obrigações defensivas, fator que colabora muito devido à idade avançada, Fábio Carille decidiu mudar a posição do camisa 10 em definitivo para a próxima temporada.

Carille estuda voltar com a formação do 4-1-4-1, ano que vem. Jadson atuaria na linha de meias. O treinador testou essa formação contra o Atlético Mineiro (jogo da taça) e pode utilizar esse sistema sobretudo nos jogos em que a equipe irá precisar propor mais o jogo, com o intuito de fortalecer a criativade da equipe.