Nesse domingo(dia 5), Corinthians e Palmeiras fizeram o clássico mais esperado do século desde o confronto na Libertadores em 2000. E toda a expectativa alimentada nesse confronto foi correspondida. Foi um grande jogo, cheio de gols, emoções para os dois lados e teve como desfecho: o líder praticamente liquidando as chances de título de seu rival no campeonato brasileiro.
Sobre o jogo.
No primeiro tempo, as duas equipes começaram tirando pressão, marcando no campo de ataque. Isso fez com que a primeira parte do jogo fosse muito eletrizante, com chances de gols para os dois lados. O Palmeiras foi o primeiro a assustar, com 2 minutos de partidas, a equipe visitante assustou em cabeçada de Mina e finalização de Borja, ambas para fora. O time de Alberto Valentim tentava sufocar o Corinthians no seu campo de defesa. No entanto, a resposta veio com Rodriguinho aos 7 minutos, chance criada, inclusive, em função do avanço da marcação corintiana e retomada no campo de ataque. Rodriguinho tocou para Jô, que recebeu de volta, finalizou, mas Fernando Prass fez grande defesa. A equipe mandante criou a primeira situação mais clara do jogo. Aos 15 minutos, foi o Corinthians que chegou com maior perigo novamente, Romero cruzou para trás, e achou Rodriguinho sozinho vindo de trás que bateu de primeira com a canhota e isolou. Segunda chance criada muito perigosa, e novamente pelo lado esquerdo. Egídio e Edu Dracena tiveram problemas o jogo inteiro naquele setor e fizeram uma partida bem abaixo. Aos 17 minutos, Fágner teve liberdade e disparou de fora da área, Prass fez boa defesa novamente. No contra-ataque, a bola chegou em Borja que deu boa arrancada, e bateu na rede pelo lado de fora do goleiro Cássio, assustando boa parte dos 46.900 – público recorde na Arena – torcedores no estádio. Era um ótimo começo de jogo na Arena, com as equipes buscavam o gol, pressionando no campo de ataque e propiciando um jogo aberto, com chances para ambos os lados. Mas foi o Corinthians que sorriu primeiro, e chegou ao seu primeiro gol com o paraguaio Romero, aproveitando o chute cruzado de Rodriguinho e escorando para o gol. O camisa 11 fez um grande jogo, levou muita vantagem nos duelos contra o Egídio e foi muito importante no auxílio da marcação ao lado de Fágner com o objetivo de parar o Dudu. Depois do gol marcado, o Corinthians continuou em cima, e tentava ampliar. No minuto seguinte após o primeiro gol marcado, Rodriguinho deixou Jô na cara do gol, mas Fernando Prass saiu muito bem e só adiou o segundo tento corintiano, pois no lance seguinte, em uma cobrança de escanteio, Edu Dracena rela na bola, que sobra para Balbuena, na corrida, desviar para o gol. Prass ainda quase consegue pegar, mas ela entrou. Foram dois gols em dois minutos. Contudo, aos 34 minutos, Mina recolava o Palmeiras na partida, o zagueiro subiu mais alto que Pablo e Balbuena diminuindo a vantagem dos mandantes. Mas aos 37 minutos, veio um banho de água fria para os palmeirenses, pois Jô sofreu pênalti de Edu Dracena. O artilheiro do campeonato ao lado de Henrique Dourado, bateu e converteu seu 16ª gol na competição. Sexto pênalti batido por Jô no ano, e com uma curiosidade: os seis foram no mesmo canto, o esquerdo. O centroavante fez 4, e perdeu 2. Foi um ótimo primeiro tempo, superando as expectativas, a equipe mandante se mostrou muito aguerrida do começo ao fim, e desceu para o vestiário com uma vantagem merecida. No segundo tempo, a equipe de Fábio Carille não começou esperando o Palmeiras, saia para a pressão no campo de ataque, e só a partir dos 15 minutos, o time visitante passou a dominar a posse, e ficar sujeito aos contra-ataques. Aos 21 minutos, Fábio Carille promoveu sua primeira alteração no jogo, colocou o Maycon no lugar de Gabriel, por conta do jogador ter recebido o cartão amarelo e correr o risco de ser expulso. Logo após a substituição, o Palmeiras chegou ao seu gol. E novamente através de uma cobrança de escanteio. Pablo foi cortar a bola, que acabou indo para trás, se oferecendo à Moisés que bateu de primeira e mandou no ângulo de Cássio, um golaço. Foi um acidente, o erro do zagueiro que fez um ótimo jogo, sempre muito seguro e sério. O momento era de muita apreensão na partida, pois era o gol que resgatava o ânimo do Palmeiras no jogo novamente. O Corinthians se lançou ao ataque após o gol sofrido e quase marcou. Arana avançou e, na hora do chute, foi desarmado por Mayke. Na sobra, Romero chutou e Prass espalmou. Após esse lance de perigo, a equipe voltou a se fechar, e só assustou no campo de ataque, aos 30 minutos. Rodriguinho recebeu na direita, invadiu a área e chutou no canto esquerdo de Prass, que espalmou. Foi uma chegada importante, pois o time conseguiu sair do sufoco palmeirense e assustar no contra-golpe. Nos minutos seguintes, Carille fez duas mudanças: Camacho por Fellipe Bastos e Clayson por Jadson. Fellipe para ter um jogador com o poder de marcação maior em campo, e Jadson devido ao cansaço de Clayson. Alberto Valentim, via seu time pressionar o Corinthians no campo de ataque, mas sem sucesso, o treinado ainda colocou Deyverson no lugar de Tchê Tchê para ter mais presença de área no final do jogo, o jogador, inclusive, acabou sendo expulso nos minutos finais, por dar uma cotovelada em Fellipe Bastos. O Corinthians soube inibir o ímpeto do Palmeiras após o segundo marcado e conquistou uma grande vitória, dentro de casa.
Retomada da vantagem.
Com essa vitória, a equipe praticamente liquida um adversário direto (Palmeiras), o vendo a 8 pontos de distância. O time atingiu 62 pontos, estando 6 pontos a frente do vice colocado Santos, com 56 pontos. Um resultado muito importante para a equipe poder jogar sem tamanha pressão e reconquistar a confiança que deu essa significativa gordura ao Corinthians por conta de seu primeiro turno impecável.
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