O entrevistado da vez, no Mercado do Futebol, trata-se de uma figura evidente e muito conhecida no futebol brasileiro, o atacante Edno. O jogador, de 34 anos, teve uma passagem curta no futebol europeu, e passou por equipes de grande expressão e menos badaladas no cenário nacional. Embora não tenha construído uma história duradoura na Portuguesa, o jogador adquiriu muita identificação e ajudou o clube a desfrutar de bons momentos no futebol. Edno foi revelado pelo Avaí, e atualmente, atua pelo Moreirense-POR. É uma grande honra para o site poder entrevistá-lo.
Foto: FOX SPORTS.
1- Edno, vou abrir a entrevista comentando e lhe questionando sobre um assunto bem delicado: a atual situação da Portuguesa. O clube se encontra em uma condição financeira decadente e viu seu time se acostumar com seguidos rebaixamentos e fracassos nos últimos anos. Pela identificação e os momentos de sucesso no clube, o que pensa sobre esse momento difícil.
R: Eu fico muito triste com essa situação do clube, eu espero que a Portuguesa possa voltar à elite do futebol brasileiro. Eu sempre vou torcer pelo clube, porque tenho muita gratidão por tudo que o clube fez e representa para mim. Torço para que o clube de a volta por cima.
2- Existe uma peculiaridade em sua carreira: você já atuou em 25 clubes, mas jogou em apenas 4 equipes do exterior, e em um curto espaço de tempo, ficando apenas duas temporadas. Você teve alguma dificuldade em se adaptar? Consegue explicar o porquê de não ter construído uma carreira mais duradoura no exterior?
R: Este é o meu quinto clube fora do clube, e não o quarto. E acho que, eu fazia um contrato longo e muitas vezes rompia o contrato porque eu tinha uma proposta ou era vendido. A minha carreira sempre teve esse emblema de negociações, pelo fato de eu ir bem e e vir uma proposta melhor. Por vir uma proposta maior, sendo um jogador de futebol, um cara que trabalho no banco, no mercado, ou qualquer um que receber essa proposta, vai em busca da do que é melhor. Analisa, e se ela for boa, com certeza vai aceitar. Até mesmo você na tua profissão como repórter. Eu sou muito feliz com a minha carreira, por ter jogado nesses 25 clubes e Deus me abençoou em todos eles. Claro que gostaria de fazer uma carreira, mas um jogador de futebol tem uma carreira curta, e nós temos que aproveitar ao máximo. E o que é aproveitar o máximo, além de jogar um bom futebol? Ganhar dinheiro. Se um jogador disser que quer ficar 10 anos em um clube só, e não quer ganhar dinheiro é mentira.
3- Muitos jogadores e especialistas em análises esportivas afirmam a diferença do futebol praticado aqui em relação ao exterior. Atualmente você está jogando em Portugal, uma liga com visibilidade e que abre portas para inúmeros jogadores jovens aos clubes e praças mais importantes do mundo. Você pode me dizer se há de fato alguma disparidade do nosso futebol, ao praticado na Europa? Se existem diferenças, quais são?
R: Eu acho que, o que muda do nosso futebol ao europeu, está na parte tática e técnica. O nosso é mais jogado e o deles é mais disputado, por isso eu acho que o nosso futebol é diferente, e se tem mais qualidade com a bola no pé. Já na Europa, não tem tanta essa qualidade com a bola no pé, mas sim na parte defensiva, posicionamento dos jogadores e a tática. Acho que essa é a diferença do nosso futebol em relação ao europeu.
4- Na temporada passada, você foi contratado na reta final do campeonato brasileiro pelo América Mineiro, participando de 9 nove partidas, sendo titular em 2 delas, e marcando 2 gols. A equipe mineira fez uma série B excelente, desbancando o favorito Internacional e conquistando o merecido título. E muitos credenciam esse ótimo trabalho por conta da manutenção de Enderson Moreira (rebaixado com a equipe em 2016). O que você pensa sobre o Enderson e suas ideias? Acha que sua equipe pode disputar a série A sem ”sofrer” nesta temporada?
R: Eu acho que merecemos o título, e fomos a equipe mais regular do campeonato. Em relação ao Enderson, eu o acho um ótimo treinador e tem tudo para fazer um grande trabalho na série A, a sua equipe vai ser muito forte.
5- Você está chegando em uma fase final de sua carreira, e já declarou que pretende ser treinador. Em um mercado tão escasso de bons treinadores no Brasil, as oportunidades estão abertas para os que se destacarem. Acha que o estudo e os cursos são importantes para tornar-se um bom técnico?
R: Eu quero ser treinador, mas ainda tenho muito tempo para jogar futebol, tenho apenas 34 anos. Quando chegar à hora de parar aí sim vou estudar, porque ajuda muito, já que na prática tenho um bom conhecimento, porém aquele que se destacarem, além dos estados, tem grande chance de se tornar um grande técnico.
6- Nesta década, o Corinthians se tornou a equipe no Brasil que mais conquistou títulos, são inúmeras e expressivas conquistas. Você pegou o início dessa fase vencedora, e teve o privilégio de jogar com o Ronaldo. No entanto, declarou na época que o Ronaldo minou suas chances de sucesso no clube. Você credencia esse fator como um dos motivos de não ter explodido na equipe paulista?
R: Eu admiro o Ronaldo, acho ele o melhor atacante que o Brasil já teve, e fico feliz até hoje em poder ter jogado ao seu lado. Eu não me destaquei, e não foi por causa do Ronaldo, foi porque não tive oportunidade de jogar frequentemente.
7- Para fechar a entrevista, gostaria que falasse um pouco de si. Você é feliz por ter optado em se tornar jogador de futebol? Poderia finalizar com a sua experiência mais marcante na profissão?
R: Eu sou feliz com a minha carreira e agradeço a Deus pela oportunidade que me deu no meio de tantos que querem se tornar jogador. Só agradeço a Deus por tudo o que ele fez na minha vida. E a experiência mais marcante foi quando fui campeão brasileiro com a Portuguesa, isso marcou minha carreira dentro do futebol e do clube.
O site agradece a disponibilidade do Edno para a conceder a entrevista, e o deseja sorte em seu clube atual, o Moireirense-POR.
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