O técnico Cristovão Borges durante treino do Corinthians no CT Joaquim Grava, zona leste de São Paulo (SP), nesta terça-feira (21). A equipe se prepara para enfrentar o Atlético MG em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Rodrigo Gazzanel/Futura Press
Cristóvão Borges teve méritos na carreira ou sua escolha foi política?
Cristóvão Borges foi o treinador escolhido para assumir o comando do Corinthias após a saída do técnico Tite para a seleção brasileira. Na época, diversos técnicos foram especulados mas, em nenhum momento, tivemos a especulação de Cristóvão.
No primeiro momento, os nomes especulados eram Sylvinho (ex auxiliar técnico do Corinthians), Fernando Diniz (treinador do Oeste/Audax), Roger Machado (treinador do Grêmio), Dorival Jr. (treinador do Santos), Mano Menezes, Luxemburgo, Abel Braga e Aguirre(ambos desempregados na época), entre outros.
Andrés Sanchez teve grande influência na contratação de Cristóvão Borges
Logo de cara o fantoche Roberto de Andrade descartou o nome de Mano Menezes e confirmou ter feito proposta apenas para Sylvinho, que recusou devido a compromisso com a Inter de Milão e com estudos na Europa. Até que, surpreendentemente, o Corinthians anuncia a contratação de Cristóvão Borges, surgindo boatos de que o ex presidente, ex superintendente, atual manda chuva de tudo extra oficialmente, Andrés Sanchez teria indicado sua contratação.
A reação geral da torcida, imprensa e qualquer pessoa do meio do futebol foi de estranha surpresa, afinal, o que o Cristóvão fez em sua carreira para merecer uma chance no Corinthians? Porque não Mano Menezes que, apesar da rejeição de parte da torcida (mesmo não tendo muito motivo para ter tal rejeição) conhece como poucos o ambiente do clube e como iniciar a remontagem de um elenco. Porque não tentar uma nova filosofia com algum treinador estrangeiro, como Aguirre, Gallardo ou qualquer outra opção. Ou porque não efetivar o técnico da base Osmar Loss, dando tempo assim até 2017 para contratar um treinador de ponta e iniciar um trabalho do zero, desde o começo da temporada.
Cristóvão teve passagem apagada no Fluminense
Analisando friamente sua carreira, Cristóvão iniciou como auxiliar-técnico do Ricardo Gomes, até que em 2011, assumiu o comando principal após o Ricardo sofrer um AVC. Como a equipe já estava encaixada, Cristóvão levou a equipe a segunda colocação do Brasileirão e às semifinais da Copa Sul-Americana. Já em 2012, Cristóvão caiu nas quartas de final contra o Corinthians, ficando no cargo até setembro, após uma série de maus resultados. Desde então, passou por Bahia, Fluminense, Flamengo e Atlético-PR, não conseguindo realizar nenhum trabalho bom e duradouro.
Cristóvão não obteve sucesso no Flamengo
Após assumir o Corinthians, Cristóvão conseguiu alguns bons resultados enquanto seguiu a filosofia do Tite, porém quando começou a implantar sua própria filosofia, o futebol do Corinthians caiu de maneira assustadora. O jogo Corinthians x Cruzeiro foi um jogo chave para analisar o quanto a equipe está mal posicionada em campo. Linha de defesa efetuando marcação alta, deixando uma avenida de fácil acesso, volantes que não marcam e não se apresentam no ataque, dois ou três pontas que deixam um buraco na criação e um ataque totalmente nulo. Curiosamente o futebol do Corinthians caiu de produção justamente quando Cristóvão passou a tirar Guilherme do time, insistir em Romero e ter algumas semanas livres para treinar o time. Como ele costuma fechar o treino para imprensa, impressão que dá é que os jogadores não estão compreendendo o que o comandante está tentando passar.
Agora a pergunta que fica, o que ele fez para merecer ser treinador do Corinthians?
Enquanto isso a equipe vai patinando no campeonato, a diretoria consegue apenas vender jogador e desmanchar a equipe e agora veio um treinado de baixa qualidade para acabar de vez com o ano.
