300ª partida de Aguero pelo City vem junta à goleada digna da equipe
O clima no vestiário de Guardiola era ruim e estava sendo alvo de inúmeras especulações. A vitória diante do Fulham na última rodada não foi o suficiente para agradar o exigente treinador, que em coletiva manifestou estar insatisfeito com seus jogadores. Na semana seguinte, o time de Manchester amargou uma derrota na estreia da Champions League, o que certamente não deixou Pep muito satisfeito. O extra-campo não era favorável, mas não impediu atuação de gala e a goleada, no jogo 300 de Kun Aguero.
Sem dúvida, houve uma trégua entre treinador e elenco após o jogo. A atuação foi o grau máximo do futebol defendido por Guardiola. 78,5% de posse debola, 21 finalizações, 961 passes. Manter de forma ofensiva, não como a Espanha desta copa que mantinha uma posse de bola sem chegar em nada, como se jogasse handball. É fundamental a diferença entre ambas situações. Uma é quase um anti jogo. A outra, a postura atual do Ciy, é um sistema operacional perfeito. Mantendo a posse, o time sofre poucos ataques, minimizando os riscos de sofrer gols (que dependerá de um rendimento muito elevado da outra equipe). Mantendo a posse, finaliza mais vezes e não precisa de um aproveitamento elevado, já que as chances acontecerão, já que o time sempre tem a posse.
Tudo bem, era contra o vice lanterna. Mas o placar bailarino de 5 gols de diferença não é comum em nenhum campeonato, por maior que seja a diferença de posição entre os adversários.Muito menos comum ainda são as circunstâncias estatísticas que levaram à vitória. Poucos times fazem tanto, talvez só um. Impossível minimizar a vitória dessa rodada.
Outro candidato ao título, o Chelsea, tropeçou na rodada e foi ultrapassado pelo City, por saldo de gols. Mais um motivo para não minimizar a goleada. Agora, o olho é no Brighton, oponente da próxima rodada, mas a mira é no Liverpool.