Pela primeira vez na história o confronto final no continente da Oceania é entre times da Nova Caledônia. Vamos juntos nos aprofundar no assunto?
O que seria Nova Caledônia? O país é determinado como região ultramarina da França (a partir de 1998), mas a imposição europeia vem desde 1853. A capital é Nouméa e o hino é “a marselhesa” e o lema “liberdade, igualdade e fraternidade” (retirado da revolução francesa). A população é cerca de 300 mil habitantes.
Por quais motivos a Nova Caledônia evolui? O primeiro é a participação em competições francesas (Copa da França). O Magenta ficou esse ano na sexta fase (1/128 avos) ao ser eliminado pelo AF Bobigny (da quarta divisão francesa) por 1 a 0. Na realidade, a equipe entrou logo nesta etapa, pois é da região ultramar (consta na regra do campeonato).
Essa bagagem mesmo que mínima com times profissionais europeus faz uma diferença grande, quando se lembra que na Oceania no máximo se possui times semi-profissionais. O Magenta tem onze títulos nacionais e o Hienghène Sport possuí uma conquista (em 2017) muito comemorada, pois é um time recente de 1997.
Outro ponto importante é o fator das equipes serem totalmente voltadas aos atletas da região. Apesar das últimas partidas da seleção da Nova Caledônia não serem positivas (derrotas para as Ilhas Maurício e Ilhas Fiji), Magenta e Hienghène tem uma contribuição forte na formação de elenco do atual 154º colocado no ranking da FIFA.
Dos 18 atletas convocados, oito estão nos finalistas: Magenta com cinco (Mickael Tiaou, Joël Wakanumuné, Gaétan Gope-Iwate, Nathanael Hmaen e Kevin Nemia, vice-artilheiro de seis gols em cinco partidas na Liga dos Campeões). O Hienghène Sport possuí três nomes (Roy Kayara, Cedrick Sansot e Geordy Gony).
Vale ressaltar que Roy é irmão de Miguel Kayara (participou da Nations Cup em 2012 pela seleção nacional). O experiente atacante Bertrand Kai atua também pelo Hienghène (foi campeão dos Jogos do Pacífico Sul em 2011). Essa competição conta com a presença de países como Ilhas Fiji, Ilhas Salomão, Vanuatu, Papua Nova Guiné, Tuvalu, Ilhas Cook entre outros.
Terceiro a presença francesa no comando técnico ou em passagens dos jogadores, no lado do Magenta o treinador é Alain Moizan (passou pelas seleções de Mali, Mauritânia e Nova Caledônia, ele está na quinta temporada no clube). O meia Richard Sélé atuou em dois clubes franceses (Saint-Clément/Montferrier e Fabrègues, na época quinta divisão).
Sobre o campeonato em si, o Hienghène venceu o Malampa Revivors (Vanuatu, 5 a 0), o Tefana (Taiti, 1 a 0) e empate com o Toti City Dwellers FC (Papua Nova Guiné, 1 a 1). Nas quartas passou pelo Ba FC (Fiji, 2 a 1) e na semifinal superou o Team Wellington (o atual campeão da Liga pelo placar de 2 a 0).
O Magenta perdeu na estreia para o Auckland City por 2 a 1, mas venceu o Solomon Warriors (Ilhas Salomão, 3 a 0) e o Tupapa Maraerenga (Ilhas Cook, 10 a 1, a maior goleada da competição). Em segundo lugar enfrentou o Central Sports (Taiti, pensavam seria difícil, no entanto o placar foi de 8 a 0). Na semifinal o troco veio contra o Auckland (2 a 1 em casa).
Foto de capa: Massimo Colombini/OFC Media.
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