Comunista, antifascista e resistente: a história do Livorno
O Livorno é uma das provas vivas que futebol e política se misturam. O clube italiano cercado de resistência, que luta contra o fascismo e o autoritarismo, além de ter uma das histórias mais belas do futebol europeu. Então vamos conhecer um pouco mais da história desse clube italiano.
Fundação:

O time foi fundado no ano de 1915 e levou o nome de sua cidade natal. Livorno, que antigamente era um pequeno vilarejo, hoje se transformou em um dos Portos mais importantes da Itália e, quiçá, da Europa. A cidade fica ao sul da Itália e, por ser um centro comercial, o movimento operário é muito forte na cidade.
O Associazone Sportiva Livorno Calcio ou, simplesmente, Livorno é um importante espaço de convivência dos trabalhadores do Porto e pescadores da região. Por conta disso, o clube tem uma forte ligação com às ideologias dos trabalhadores.
Ligação com o comunismo:

Quem vê hoje um jogo do Livorno muito provavelmente observará bandeiras vermelhas com a foice e o martelo, pessoas com mascaras do Che Guevara, além de cartazes com o rosto do Lênin. Essa ligação com o comunismo começa desde os primórdios do clube, com a ligação da classe operária, e se fortalece em 1943, quando o Partido Comunista Italiano é criado justamente na cidade de Livorno.
Em 1975 inicia o movimento popular de esquerda da torcida do Livorno, quando vários grupos foram criados e denominados de ‘Ultras Livorno’. Em 1999 esses grupos se unificam e formam a Brigate Autonome Livornesi (B. A. L.), que foi formada no intuito de unificar as torcidas organizadas em apenas uma só.
Os B.A.L. foram se destacando por confrontarem de forma incrível o fascismo, além de confrontar torcidas de extrema-direita, como a da Lazio. Mas, por conta da perseguição que sofreram pela mídia italiana, que os tratava como mafiosos, a torcida organizada B.A.L. foi levada ao fim.