MF em Ação

Daniel Alves: Comportamento e Lições

Há quem diga que Daniel Alves não era bom lateral por ter dificuldades no sistema defensivo, outros dizem que Messi o consagrou na parte direita dos gramados ou que o futebolista nunca teve a noção por espaços caracterizados por um lateral. Existem pontos para quebrar argumentos defendidos pela tese “Daniel Alves não” e é bem fácil de analisar e entender.

Nos tempos de Barcelona comandado por Pep Guardiola, Daniel era um ala. Um ponta extremamente ofensivo e que pouquíssimas vezes era cobrado sua volta para compor o sistema de defesa, pelo fato do clube e técnico terem a filosofia do “perde e pressiona” (tentar recuperar a bola no campo ofensivo, que seria o defensivo do adversário). Não era um lateral de ofício e isso o afetou com suas convocações para Seleção Brasileira cuja o método para vencer era completamente diferente e resultou em uma visão negativa do torcedor para o jogador. Era cobrado a exercer funções de que não era acostumado no clube. Pep partiu e Dani ficou, seguiu com a grande qualidade técnica que possui até os tempos de hoje, mas o clube já não demonstrava os sentimentos de antes. Sua saída ocorreu certamente pelo descontentamento com os dirigentes por terem oferecido uma renovação de dois anos. Um tempo curto e que ficou claro que alguém tomaria seu lugar.

A ida para Juventus foi a chance de mostrar que a idade é apenas um número, que seu futebol ainda pode ser útil num clube de elite e que é possível evoluir não só em aspecto físico, como tático. Não demorou muito para Dani ser titular. Sentou no banco e observou ao clássico modo italiano de ser um lateral defensivo, aprendeu muito e rápido. Suas exibições no mata-mata da Champions contra o Barcelona e Monaco foram para aplaudir de pé. Num jogo onde você anula Neymar, no outro está lançando com as mãos para a dupla Mandžukić e Higuaín e marcar um golaço na mesma partida. Evoluiu defensivamente e permaneceu sendo o ofensivo de antes. Os dirigentes do Barcelona precisam de um lenço e Dani apenas de mais uma boa atuação para erguer a taça mais desejada na Europa.

Lições que devemos aprender:

  1. Nunca diga que um jogador não é capaz de executar tal função no campo.
  2. Independente da idade, estamos dispostos a melhorar.
  3. Evoluções custam tempo, paciência e determinação.
Patrick Manhães

20 anos, carioca. Estudante de jornalismo (UCB). Seguidor da filosofia futebolística tática. Torcedor do Manchester United. Amante do futebol bem jogado. Alérgico ao clubismo.

Últimos Posts

Com quatro desfalques, Atlético anuncia lista de relacionados para decisão na Sul-Americana

O clube ainda conta com o retorno de Dudu e Fausto Vera, além de João Marcelo, que foram desfalques no…

20 de agosto de 2025

Lyanco tem lesão muscular confirmada na coxa esquerda e pode ser desfalque em duelos pela Copa do Brasil

Lyanco sentiu dores na coxa esquerda durante a vitória por 2 a 1 na última quinta-feira (14) contra o Godoy…

18 de agosto de 2025

Hulk fala sobre saída de Igor Rabello do Atlético e destaca profissionalismo do zagueiro

Por fim, o atacante elogiou a passagem de Rabello pelo Galo, destacando o profissionalismo do mesmo no clube.

18 de agosto de 2025