Entrevista com o atacante Oliver Minatel, do Richmond Kickers, dos Estados Unidos

Oliver Thomal Minatel nasceu em Campinas-SP no dia 29 de agosto de 1992. Atacante revelado pelo Guarani e com passagens por PSV (base), Nacional da Madeira, Puerto Rico FC e atualmente está Richmond Kickers, dos Estados Unidos.

 

1- Nasceu no dia 29 de agosto de 1992 na cidade de Campinas-SP. Passando pela base Guarani-SP, como é vestir a camisa de um clube da sua cidade? Seria o seu time de coração? O time apresenta uma tradição também na base, como analisas o funcionamento da equipe?

– O Guarani F.C foi onde tudo começou, tenho um grande carinho pelo clube e ótimas recordações dos anos que passei por lá. Na época, o Guarani ainda estava na primeira divisão do Campeonato Brasileiro e a categoria de base era muito forte, infelizmente diversas más gestões enfraqueceram o clube tanto a nível profissional como na base, culminando na saída de muitos jogadores.

 

2- Após essa passagem, atuou por dois clubes totalmente distantes em termos de estrutura. O Paulínia FC (sub-15 e sub-17) e o PSV Eindhoven (sub-19), como foi a sensação de trabalhar em realidades totalmente diferentes? Descreva o atual momento de ambos os clubes? A Copa São Paulo de Futebol Junior é uma competição importante para a revelação de novos atletas?

– O Paulínia F.C era uma equipe nova na época, contava com um projeto ambicioso apadrinhado pela prefeitura da cidade, bons treinadores e uma estrutura muito boa, entre as melhores do interior de São Paulo. Com isso, conseguiu atrair bons jogadores e bater de frente com as equipes grandes. Já no PSV pude vivenciar uma realidade completamente diferente, tanto dentro quanto fora de campo. A minha passagem por lá também foi importante no aspecto humano, ao ir sozinho para Holanda com 17 anos. Em relação a Copa São Paulo é sem dúvidas uma grande oportunidade para os jovens jogadores aparecerem, principalmente hoje em dia que muitos jogos são televisionados. Eu tive a oportunidade de disputar a Copinha de 2009 e foi uma experiência bacana.

 

3- A sua primeira oportunidade profissional foi no Nacional da Ilha da Madeira (Portugal). Clube de médio porte no país, após se destacar na base recebeu a oportunidade. Como foram os primeiros jogos no time profissional? Como é a adaptação ao futebol europeu? Foi o atleta mais novo do clube a disputar uma competição europeia (Europa League), esse crescimento repentino pode ter atrapalhado sua evolução ao decorrer dos anos?

– Fui muito feliz no Nacional, a minha estreia no profissional foi justamente na Liga Europa. O time era muito bom e haviam muitos brasileiros experientes, que facilitaram minha adaptação ao profissional. No futebol as oportunidades aparecem sempre de forma repentina e acredito que eu estava preparado, infelizmente não tive uma boa regularidade devido também a forte concorrência. Isso fez com que eu abrisse mão dos 3 anos que restavam no meu contrato para ter a oportunidade de atuar com mais frequência, o que acabou acontecendo e hoje estou muito bem aqui.

Foto: Nacional da Madeira (Portugal).

 

4- Retornou ao futebol brasileiro em 2013 vestindo a camisa do Velo Clube-SP. Como é disputar uma competição inferior no futebol nacional? Qual a sensação de retornar ao seu país para disputar uma competição profissional? Para você se tivesse uma proposta de um clube brasileiro deixaria seu projeto nos Estados Unidos?