MF Entrevista – Rica Perrone, de “cara a tapa”

Hoje temos uma matéria muito especial para você, leitor do Mercado do Futebol! O MF Entrevista da vez é com uma grande personalidade do jornalismo brasileiro, alguém que é conhecido e reconhecido pelos posicionamentos contundentes e belos textos, Rica Perrone!

 

MF Entrevista - Rica Perrone

 

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1- Seja Bem-Vindo Rica. Para começar gostaríamos que se apresentasse ao pessoal que acompanha o Mercado do Futebol.

 

Bom, meu nome é Rica Perrone, na realidade, é Ricardo Perrone. Porém, uso Rica, pois tem outro Ricardo Perrone em São Paulo. Tenho 37 anos, sou jornalista, blogueiro, tenho um canal no youtube, chamado Cara a Tapa. Sou paulista, moro no Rio de Janeiro e vivo da internet, dizem que sou o primeiro jornalista que fez fama sem ser da televisão. Fiz tudo pela internet, isso é muito gratificante.  

Rica entrevista

 

2- O seu modo de escrever atrai um grande público. Porém sempre tem alguém que critica seu trabalho. Como vê a divisão de opiniões perante seus textos?

 

Olha, eu falo sobre futebol e evidentemente quando falo sobre este assunto, pelo menos 30% ou 40% das pessoas não concordam com o meu posicionamento. Por que o futebol, as pessoas criam uma opinião através da sua paixão. Não que eu esteja sempre certo, pelo menos 30% do que escrevo por estar em desacordo e depois de uma análise mais criteriosa, posso mudar de ideia. A relação dos indivíduos com a crítica é muito confusa, exemplo: você é um cara que mente, é ruim, que causa tumulto nos clubes e esse tipo de reclamação me deixa feliz. Nunca criei nenhuma crise, nunca falei da vida de um atleta, nunca prejudiquei ninguém com os meus escritos. Então quando a pessoa não gosta de mim, é pelo simples motivo da paixão de torcedor, quando falo bem do Vasco, os torcedores do Flamengo não gostam. Falo do Fluminense, as outras torcidas não aprovam. Dizem que sou puxador de saco, que falo de muitos clubes. Tudo bem, a crítica mais engraçada e incoerente é esta.  

Rica entrevista

 

Exemplo, o Fluminense e a história do STJD com a Portuguesa. Todos estavam batendo no clube carioca e eu falei, tenham calma, não vamos julgar antes do tempo, até onde sabemos o erro está do lado da Portuguesa. Então os comentários eram que estava do lado do Fluminense. Quando falo de um clube de forma positiva, estou indo contra a maioria. Por exemplo, o Corinthians não conquistou o campeonato no apito, estou indo contra a maioria. Toda vez em que eu se posicionar, seja qualquer lado, esteja puxando o saco, então eu sou o maior especialista neste assunto e descontento a maioria. Quando faço um texto do Vasco, eu desagrado a torcida do Flamengo. Quando o Diego chegou ao Flamengo, exaltei a chegada dele, causei descontentamento com a torcida do Vasco. As pessoas nunca vão ter discernimento e se desvencilhar das suas paixões futebolísticas. Eu sou um torcedor e sei como é isso. Quando faço um texto do Palmeiras, a primeira reação das torcidas rivais, é falar mal de mim e da instituição a qual estou falando. Com o tempo, fui crescendo, amadurecendo e entendendo que as coisas não são bem assim, no entanto entendo absolutamente o lado do torcedor.