MF Entrevista - Rodrigo Bueno

Entrevista com o jornalista Rodrigo Bueno, do Fox Sports

Hoje é dia de MF Entrevista com mais um convidado especialíssimo! Um dos maiores conhecedores de futebol nesse país, Rodrigo Bueno é comentarista da Fox Sports, possuindo passagem pela ESPN; é também um dos poucos brazucas a compor a prestigiada equipe do IFFHS – a federação internacional de história e estatísticas do Futebol, sendo altamente conceituado internacionalmente.

   

 Rodrigo Bueno

   

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1- Seja Bem-Vindo Rodrigo. Para começar gostaríamos que se apresentasse ao pessoal que acompanha o Mercado do Futebol.

Rodrigo Bueno: Sou um amante de esporte, sobretudo futebol, um cara que resolveu abraçar a carreira de jornalista. Tenho mais de 20 anos de estrada na profissão e consegui realizar muita coisa bacana em jornal, em TV, em revista e em sites.

   

 2- De onde surgiu o interesse em atuar no jornalismo? Fale sobre o começo da sua carreira, expondo os pontos positivos e negativos de ser jornalista?

R: Desde garotinho gostava de escrever e contar histórias e de alguma forma queria trabalhar com esportes de qualquer jeito. Unir essas duas paixões tornou-se então meu objetivo. Creio que só me dei bem no jornalismo esportivo por curtir demais o que faço, por amar esportes, viver o futebol intensamente.

 Rodrigo Bueno entrevista

 

   

No começo da carreira, a luta era para mostrar meu valor, conseguir algum espaço. Em 1994, tentei ser trainee da Folha de S. Paulo e estagiário no Banco de Dados do jornal. Não consegui, porém no final desse mesmo ano, insistente, consegui uma vaga na editoria Esporte, algo que parecia quase impossível, um sonho. Uma coisa muito legal de ser jornalista é poder participar de perto de eventos históricos e marcantes. Estar em grandes coberturas, conhecer de perto importantes figuras, frequentar os bastidores de quase tudo, é uma profissão mesmo romântica, inspiradora e glamourosa. O ponto negativo de ser um jornalista, especialmente esportivo, é trabalhar quase todo final de semana e inúmeras noites. Isso afeta muito a vida pessoal.

   

 3- Como chegou a Fox Sports? Qual é a sensação de trabalhar nesta emissora fechada?

R: Cheguei no início do canal, quando a primeira equipe do Fox Sports estava sendo montada. Tive a honra de entrar no ar no dia 5 de fevereiro de 2012, data em que o canal oficialmente apareceu para o Brasil. O projeto do Fox Sports me pareceu muito bom e apostei nele logo de cara, assim como outros companheiros. Também pesou nessa ida para o canal, cuja sede é no Rio, a minha vida pessoal. Aprendi muito com pessoas bastante experientes em televisão. Virei de fato um profissional de TV no Fox Sports. Ainda me dedico à imprensa escrita, uma velha paixão, e cada vez mais abraço a internet, mas tenho aprimorado mais nos últimos anos meu trabalho como comentarista nos jogos e em programas.

   

 4- Tens ascendência espanhola, seu avô, Manuel Guerra foi um dos fundadores do Galícia Esporte Clube (penta campeão baiano). Qual é a sua relação com a Espanha e com o Galícia?

R: Meu avô era galego, veio no início dos anos 30 para o Brasil e foi morar em Salvador. Trabalhou numa padaria chamada Paris e lá, com alguns conterrâneos, ajudou a criar o Galícia. Claro que eu e minha família temos a Espanha e o Galícia no coração. Minha mãe e minha tia materna têm nacionalidade espanhola. A família ia com frequência para a Espanha quando meu vô estava vivo. Falta irmos à Bahia acompanhar mais de perto o Galícia. Meu avô se mudou para São Paulo ainda na década de 30 e perdeu contato com o Demolidor de Campeões. Então cresci distante do time, fui conhecer mais sua história já como jornalista.