Marco Aurélio Martins de Vargas, nasceu no dia 7 de abril de 1973 (43 anos), em Porto Alegre/RS. Trabalhou em várias emissoras de rádio e televisão. Atualmente narra jogos de futebol no canal Fox Sports Brasil. É conhecido e reconhecido pela sua imponente voz e pelo bordão “É rede”
1- Seja Bem-Vindo Marco. Para começar gostaríamos que se apresentasse ao pessoal que acompanha o Mercado do Futebol.
R: Sou Marco de Vargas, jornalista e radialista, nasci em Porto Alegre há 43 anos e há alguns anos vivo no Rio de Janeiro. Atualmente vocês podem me ver em ação como locutor esportivo exclusivo dos canais FOX Sports, narrando as competições esportivas exibidas no Brasil.
2- O que levou você a ser narrador. Algum fato em especifico, ou alguém te influenciou a isso?
R: Desde criança eu simulava narrações, ou na escola durante as peladas dos colegas ou em casa assistindo aos jogos na tevê e depois no videogame. Preferia narrar a jogar. Admirava a técnica, a capacidade de raciocínio rápido e o improviso dos narradores que prendiam minha atenção de forma tão intensa no rádio e na tevê. Repetia aos meus pais incessantemente que desejava ser como eles. Queria muito ser um narrador.
3- Muitas narrações que você fez lhe encheram de orgulho. Mas qual pode ser citada como a mais marcante?
R: Realmente tenho vivenciado vários momentos marcantes durante a profissão e sou muito grato por isso. Seria injusto e precipitado pontuar uma narração em especial. Por conta disso, vou citar com carinho três passos iniciais em diferentes etapas da minha jornada: a primeira narração pelo rádio (Grêmio 0-0 Goiás), a primeira pela tevê (Internacional 1-0 Flamengo) e, por último, a primeira pelo FOX Sports, que foi também a primeira transmissão do canal no Brasil (Internacional 1-0 Once Caldas).
4- O seu modo de narrar atrai um grande público. Porém sempre tem alguém que critica seu trabalho. Como vê a divisão de opiniões perante suas narrações?
R: Vejo com naturalidade e nunca esperei nada diferente disso. É uma profissão que te expõe e mexe com a emoção, com a paixão e com outros sentimentos. Uma frase aqui ou ali e dependendo do contexto você cai em desgraça ou é glorificado. Gosto é algo muito pessoal e não há uma fórmula mágica que nos permita agradar mais essa ou aquela facção de público. Desde o início procurei encontrar a minha própria fórmula pessoal de narrar e simplesmente narro seguindo meus princípios, procurando sempre fazer um trabalho sério e honesto.
5- Sua carreira é vasta, passando por emissoras de rádio e televisão. Algumas emissoras locais (gaúchas) e nacionais. Poderia fazer um compilado da sua carreira?
R: Lembro sempre com carinho por onde passei e também dos vários colegas com os quais convivi e que me ensinaram muito na profissão. As rádios Boa Vontade, Metropolitana e Independente merecem destaque nessa jornada. Foram emissoras onde pude aprender demais e exercitar outro tanto ao lado de colegas fantásticos. A RBS foi uma escola incrível e a partir dela pude iniciar na tevê via Globosat (SporTV/Premiere) e também pela TVCOM. Grandes lembranças e momentos inesquecíveis. Saí daquela casa maravilhosa para ser, com muito orgulho, um dos profissionais que fincaram a bandeira do FOX Sports no Brasil, ajudando a inaugurar o canal em 2012.
6- Você já cogitou a possibilidade de voltar a trabalhar em rádios? Exponha o motivo, caso a resposta seja verdadeira ou falsa?
R: Quem tem a sua base profissional no rádio certamente jamais abandonará o amor pelo veículo. Seja trabalhando nele ou como ouvinte assíduo. Às vezes penso sobre a possibilidade de voltar a narrar no rádio em algum momento, mas não se trata de um objetivo a médio prazo. Creio que seja apenas nostalgia. Estou muito satisfeito com o meu trabalho na tevê e acho que tenho muito a oferecer atuando no veículo ao qual estou plenamente adaptado.
7- Atualmente és conhecido pelo bordão “É rede”. Como surgiu a história deste bordão? Qual é a sensação de seu trabalho ser reconhecido nacionalmente?
R: É muito bacana e gratificante notar que o seu trabalho está funcionando, que você consegue passar uma mensagem com o seu estilo, com a sua marca. Em 2007 eu já estava na tevê narrando pela TVCOM e SporTV/Premiere e notava que uma parcela do público estava confundindo o meu tom de voz com o timbre vocal do colega Gustavo Manhago. Por conta disso, procurei encontrar uma forma de me diferenciar. Daí surgiu a ideia de usar um bordão para fixar uma marca pessoal. Testei algumas frases relacionadas com “rede” até chegar ao definitivo “é rede!”. Curto, objetivo e fácil de identificar. Utilizo desde então.
8- A arbitragem brasileira passa por um momento de muitos questionamentos. Qual sua opinião sobre esta situação?
R: Tema polêmico. Tais questionamentos não se aplicam apenas aos Brasil. Creio que é algo muito sério e que requer uma abordagem ampla, realizada por profissionais gabaritados e aptos a emitir opinião. No Brasil há grandes autoridades habilitadas a estudar o tema e oferecer alternativas que viabilizem um caminho melhor. Como representante da imprensa esportiva, sou a favor da utilização parcial da tecnologia para auxiliar árbitros no futebol, mas é uma opinião pessoal e trata-se de apenas uma das questões a serem abordadas.
9- Uma mensagem aos leitores e colunistas do site mercadodofutebol.com?