O MF Entrevista de hoje será com um zagueiro com passagens por seleções de base, que jogou ao lado de Neymar e Coutinho, passou por grandes clubes e hoje desbrava terras asiáticas e faz sucesso no futebol do Barein. Temos o prazer de falar com Luís Gustavo, de 26 anos, do Manama Club.
Começaremos com um pequeno ping-pong, para saber um pouco da vida pessoal dele, antes de saber sua história no futebol.
1- Um esporte além do futebol?
Basquete.
2- Música nacional ou internacional?
Música nacional.
3- Um local para viajar?
Maldivas.
4- Um momento marcante?
Quando voltei a jogar futebol devido a um problema que tive no sangue e nas plaquetas na base do Fluminense e que também pensavam que eu não jogaria mais.
5- Maior orgulho?
Meus pais.
6- Maior arrependimento?
Talvez quando mais novo não ter aproveitado melhor as oportunidades que tive.
7- Um filme?
Não vejo filmes (apenas séries).
8- Uma música?
Tá escrito – Revelação.
9- Comida favorita?
Churrasco.
10- Doce ou salgado?
Os dois.
Foto: Beira-Mar (Portugal).
Agora vamos às perguntas:
1- Com passagens nas bases do Desportivo Brasil e Fluminense, você presenciou a estrutura de 2 clubes referência na formação de jogadores. Quais são as semelhanças, diferenças e maiores ensinamentos que leva de Porto Feliz e Xerém?
R: Desportivo Brasil foi onde tudo começou para mim no futebol, lá cheguei no pré infantil e fiz praticamente minha base toda lá. No Desportivo era um clube onde nos tínhamos uma estrutura muito boa e uma das 3 ou 4 melhores do país. No Desportivo aprendi muito não só como jogador mas também como a ser homem devido a tudo suporto que nos tínhamos lá e sou grato a tudo até hoje pelos momentos e ensinamento que tive lá. Depois de jogar a copa São Paulo em 2011 onde fizemos uma campanha histórica para o clube fui para o Fluminense que também tem uma ótima estrutura e que é uma excelência em revelar jogadores que está comprovado isso. Fui para ficar pouco tempo na base e depois já ir para o profissional que foi o que aconteceu depois de apenas 4 meses, mas devido a esse problema que citei a cima atrapalharam meus planos e também o deles já que eu era visto pelo atual técnico Abel Braga como mais uma joia da nossa geração e que poderia ser mais um atleta de Xerém a ser uma promessa no profissional.
2- No Beira-Mar você teve um ótimo momento. Considera que a fase em Portugal foi a melhor de sua carreira? As familiaridades de cultura e língua te ajudaram muito na adaptação? Conte uma boa história que você teve na “terrinha”.
R: Com toda a certeza no Beira-Mar foi o meu melhor momento como jogador profissional. Depois de ter ido para o Estoril que pertence a Traffic e eles eram donos do meu passe ainda na época acabei sendo emprestado, porque era muito novo e precisava ter minutos jogados para pegar experiência, então cheguei lá e foi muito rápido a minha adaptação graças a Deus e conseguir ser uns dos destaques da equipe e pude ajudar a equipe nas competições que jogamos e até poder eliminar um time da primeira divisão na época que foi um feito muito bom pra gente e até para a visibilidade que por sinal fui bem contra esses times e foi um momento muito bom mesmo em que vive em Aveiro nessa temporada. Uma história que teve que depois do jogo que eliminamos o Arouca na taça de Portugal o auxiliar Rio falar que eu era muito bom e então criei expectativas, mas as coisas não aconteceram.
3- Em 2016 você deu uma breve passada no Sport, onde fez poucas atuações. O que achou do clube? Acha que faltou oportunidade de você mostrar mais seu trabalho? Queria mais chances para mostrar seu desempenho?
R: Sim em 2016 fui para o Sport e que foi mais uma grande oportunidade que tive de mostrar meu futebol, mas as coisas nem sempre saem como esperamos. O Sport é um time muito grande como todos sabem e também conta como uma estrutura muito boa e referência hoje em dia. Realmente não joguei tantos jogos assim e sim sei que poderia ter mais oportunidades, mas quando fomos eliminados da Copa do Brasil que era uma competição que o clube não priorizava na época acabei sendo afastado por esse atual presidente que está atualmente talvez para dar uma justificativa para a torcida das coisas que não estavam andando como o esperado do clube no momento, mas isso acontece mesmo no futebol não fico pensando nisso mais. Mas tenho uma gratidão enorme por ter tido a experiência e poder trabalhar com grandes jogadores que lá estavam.
4- Recentemente, fechou contrato com um time do Bahrein. Como você recebeu a proposta do Manama Club? Com um time culturalmente diferente do Brasil, o que te chamou mais atenção pelas diferenças de torcida, clima e tática em jogo?
R: Eu recebi o convite para vir para o Barein assim que saí do Sport e tinha voltado para o São José de Porto Alegre que eu ainda tinha contrato com eles. Quando recebi o convite fiquei meio assim por não conhecer, mas aceitei o desafio. E graças a Deus cheguei bem aqui e em dois meses de clube consegui ser campeão da Copa do Rei que é a mais importante do país e depois da Super Copa, são os dois primeiros títulos do clube que está crescendo demais aqui no país então entrei para história do clube e agradeço a Deus por isso. Realmente aqui o futebol é diferente do Brasil e dos outros lugares onde o futebol é muito forte, falta algumas coisas ainda para eles melhorarem, mas estão no caminho certo e logo pode ter uma liga muito mais forte. Aqui quase sempre jogamos com pouca torcida, estranhamos um pouco, mas depois que começa o jogo tentamos esquecer isso e fazemos nosso trabalho.
Foto: Manama (Barein)
5- Tens uma longa estrada a fazer em sua carreira, então para você, quais as principais realizações que tens projetados, ainda não realizou e quer realizar, até o fim de sua carreira? Sonha em jogar por algum time ainda? Qual sua maior inspiração no futebol? E na vida?
R: Para mim, estar fazendo o que eu sempre sonhei desde criança já é uma realização e batalho a cada dia para continuar a fazer o que eu mais amo, e claro que todo jogador sonha em estar em alto nível e então se um dia eu tiver uma oportunidade gostaria de voltar para Europa e estar no topo do futebol novamente. Em questão de jogar em algum clube eu acho que um dia gostaria de poder voltar ao Fluminense e terminar a história que não consegui dar continuidade devido ao problema que tive. Eu como zagueiro gosto muito do jeito do Juan do Flamengo jogando eu acho que tenho algumas semelhanças com ele, rs.
6- Por último, gostaria de pedir um recado para o site do Mercado do Futebol e seus leitores.
R: Por último pedir para os seguidores a continuarem acompanhando vocês que é um canal que dá a oportunidade da gente que está fora do país com pouca visibilidade de mostrar um pouco da sua história e seu trabalho e que também está sempre atualizando os leitores com tudo que acontece no mundo da bola. Agradeço a oportunidade um abraço.