Entrevista com Zé Lucas

Zé Lucas, 26, é atacante e teve passagens por Londrina, Fluminense, Botafogo, Samorin, Stal Mielec, Itararé, Qormi, Zebburg Rangers e hoje atua pelo Pietà Hotspurs

 

1- Qual foi a experiência de ter jogado no Fluminense e como avalia a estrutura, torcida e suporto do clube? Sentiu diferença em termos de infraestrutura do Fluminense para o Botafogo durante o empréstimo?

R: A experiência em ter jogado no Fluminense foi incrível eu amava a pressão de ter que sempre jogar bem e de ter muita concorrência boa, os torcedores eram bem ativos até na base sempre faziam presentes nos jogos e ele te dão todo o suporte desde de parte de análise de jogo à psicológico e nutrição, quando fui emprestado senti sim muita diferença aquela época o Botafogo estava passando por muitas dificuldades então tinha salários atrasados sem campo pra treinar, às vezes mandavam mensagem de texto as 22 h falando que o local e horário de treino tinha mudado.

2- Qual acredita ter sido seu maior desafio na carreira? Conte sobre sua experiência e adaptação na Polônia e na Eslováquia.

R: Ter jogado no leste europeu foi o maior desafio devido ao frio e a cultura deles e a língua que foi uma barreira muito grande pois muitos deles não falavam inglês.

 

3- Atualmente joga pelo Pietà Hotspurs na segunda divisão de Malta mas já teve passagens por outros clubes malteses como Qormi e Zebburg Rangers. Como vê a infraestrutura do futebol nesse arquipélago?

R: Eles são apaixonados pelo futebol aqui porém falta ainda um do profissionalismo que temos no Brasil e um pouco da vontade de entrar em um cenário maior na Europa, mas temos alguns clubes que são bem organizados, não atrasam salário te dão um bom lugar pra se viver.

4- Tens vontade de retornar ao futebol brasileiro ou ainda pretende encarar mais desafios na carreira em outros países? Visita à família no Brasil com frequência?

R: No momento não tenho vontade de voltar pro Brasil pra jogar não, sim penso em ir pra vários países, gosto muito de conhecer novas culturas. Visito minha família uma vez no ano fico em torno de 2 meses.

5- Qual é o clube que você sempre sonhou em jogar? Se identifica com algum time brasileiro?

R: Sou muito fã do Ronaldinho acho que todo jogador teve o sonho de jogar no Barcelona um dia, me identifico muito com o Fluminense, é um clube que tenho amigos lá e sempre acompanho.

 

6- De todos os clubes pelos países em que passou qual sentiu mais dificuldade com a língua e o clima? E qual mais teve facilidade para se adaptar com o futebol?

R: O mais difícil foi na Polônia sem dúvidas não só pela língua e o clima mas sofri com racismo também então lá foi bem complicado mas valeu muito a experiência. Malta foi com certeza o país mais fácil que me adaptei, me sinto em em casa aqui.

 

7- Devido a pandemia e o isolamento social, como afetou na sua rotina de atleta? Treina em casa? Que medidas tem tomado para se prevenir?

R: Minha rotina mudou muito pois sempre ia pra academia na parte da manhã e treinava na parte da noite agora tenho feitos treinos em casa totalmente as vezes saio pra correr. Tenho ficado em casa o máximo possível só saio pra fazer compras no mercado e como disse as vezes pra correr, tenho lido muito e estou tentando apreender uma nova língua, isso ajuda a ficar em casa e manter a mente mais ocupada.