Márcio sempre estará na história atleticana mesmo no rival.

Crédito: Foto / Twitter Oficial Atlético Goianiense.

O goleiro Márcio, de 35 anos deixou o Atlético/GO após 10 anos para atuar no rival, mesmo assim a sua história sempre estará atrelada ao rubro-negro.

 

Não é fácil ver um ídolo deixar sua equipe para atuar no rival. A torcida atleticana, sem dúvida, deve estar com o sentimento contra aflorado perante ao goleiro Márcio. Entretanto não podemos esquecer o que este atleta fez pela instituição. Foram defesas milagrosas, gols bonitos e alguns acessos. Deixando a equipe antes forte no cenário estadual, conhecida no cenário nacional.

O jogador chegou ao clube em 2007, a equipe estava na Série C, neste ano foi campeão goiano sobre o Goiás e chegou as oitavas da Copa do Brasil. Em 2008, começou o seu destaque, com excelentes atuações, foi campeão da Série C, o seu primeiro acesso. No ano seguinte, os gols saíram, após 37 jogos foram 3 tentos e o quarto lugar na Série B, acesso a Série A, algo que não acontecia há 3 décadas (última passagem na Série A foi em 1986). Em 2010, ele chegou ao status de ídolo, com o campeonato goiano, permanência na Série A e na semifinalista da Copa do Brasil, eliminando o Palmeiras em casa nos pênaltis.

Em 2011, foi o ano onde disputou o maior número de partidas pelo clube, foram 60 jogos e 4 gols, conquistando o estadual e o décimo terceiro lugar na Série A (melhor posição da história do clube). Em 2012, mesmo com o rebaixamento para a Série B, continuou sendo destaque, com 8 gols durante o ano, destaque para o embate contra o Universidad do Chile, vitória de 3 a 1 em casa e eliminação pelo gol marcado fora de casa. Nos três últimos anos, destaque para o título goiano de 2014, foram 160 jogos e 9 tentos. O goleiro deixou o clube em quarto lugar na Série B, já não demonstrando a mesma força de tempos anteriores.

Fica o questionamento à torcida atleticana. Se fosse pelo atleta, vejo que torceriam pelo sucesso dele em outro clube. Mas como é no rival, devo analisar, que ele terá a discórdia da torcida que antes o apoiava. Foram 532 partidas e 37 gols ao total de sua jornada no Dragão Campineiro.

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– Tudo na vida tem começo, meio e fim. Sabemos disso. Nesses meus 10 anos aqui, se eu for enumerar as coisas positivas vai faltar tempo. Não me tornei apenas um grande jogador aqui no Atlético-GO, e sim um homem, um pai de família. Aprendi a conviver com diferenças. Quero muito agradecer ao clube por todos esses anos. O Atlético-GO abriu as portas para mim quando elas estavam fechadas. Chegamos onde chegamos. Pedi uma conversa com o Adson e expliquei o sentimento. Hoje meu coração não estava feliz, apesar do imenso carinho que sinto pelo Dragão. Não quero atrapalhar o clube, que está no caminho certo.