MF em Ação

O outro lado do estadual, times de tradição sendo rebaixados

O estadual reserva rebaixamento de clubes tradicionais do interior, a qual antes estavam na primeira divisão ou até conquistando títulos de expressão nacional.

 

Paulista Série A2 e A3:

 

O estadual de São Paulo está sendo cruel para alguns clubes, principalmente por aumentar o número de times rebaixados, assim enxugando o campeonato e deixando os times menores, em situação duvidosa.

 

Mogi Mirim e União Barbarense:

 

O Mogi Mirim Esporte Clube, nasceu em 1932 e vive uma situação paradoxal, está na terceira divisão nacional e na terceira divisão do paulista, mesmo com um maior valor de mercado, que os seus adversários, pouco investiu e foi rebaixado em penúltimo lugar. O time já foi quarto colocado em 2013 da Série A1 do Paulista, tendo 29 participações, além de bicampeão da Série A2, terceiro colocado da Série B, vice-campeão da Série C e um acesso na Série D em sua única participação. O Sapo já chegou a ser considerado como “Carrosel Caipira” em 1993 pelo estilo de jogar parecido com a Holanda na década de 1970, foi rebaixado pela segunda vez seguida no estadual e tem como maior referência o ex-meia Rivaldo.

A União Agrícola Barbarense, é de 1914, tendo uma história de certa relevância no cenário estadual. O Leão da Treze, possuí um título da Série C em 2004, o campeonato do Interior em 1999, a Série A2 em 1998 e a Série A3 em 1967. O clube tem como grande revelação na história, o atacante Diego Tardelli, com passagens por clubes brasileiros e atualmente no Shandong Luneng, da China. A história é menos importante que o Mogi, entretanto suas idas e vindas entre Série A2 e Série A3, além de um título nacional, tornam a equipe bem cotada na lista. Foi último colocado na Série A2 desse ano.

 

Comercial e Paulista:

 

O Comercial Futebol Clube, está chegando ao fim da jornada, a quarta divisão do estadual, além disso seu rival, Botafogo de Ribeirão, se mantêm vivo entre os principais clubes do país. O Leão do Norte, foi fundado em 1911 e iniciou sua trajetória de sucesso em 1920, seguindo invicto em uma excursão pelo Nordeste. Podemos inferir que o maior título da história foi em uma seletiva, em 1977, a CBD abriu uma vaga na Série A, para um clube de Ribeirão Preto, o Come-Fogo (clássico da cidade), foram três jogos, com uma vitória e dois empates, vaga garantida. Em 1966, o chamado “Rolo Compressor”, superou Palmeiras e Santos, além de enfrentar a Seleção Brasileira, conquistou também o Torneio do Interior.

O Paulista Futebol Clube, nasceu em 1909 e entre os times da lista, foi que ascendeu de forma magnífica. Foi campeão da Copa do Brasil em 2005 (Vagner Mancini como técnico, Victor e Rever como referências), em cima do Fluminense, além de superar Internacional, Botafogo e Cruzeiro. Em 2006, o maior jogo da história, uma vitória sobre o River Plate, por 2 a 1, em Jundiaí pela Libertadores. Além disso, foi campeão da Série C em 2001, vice-campeão paulista em 2004, bicampeão da Série A2 e tricampeão da Copa Paulista. Chegou neste ano, ao último ponto da viagem, a quarta divisão estadual e no ranking da CBF está em último lugar (empatado com outras 17 equipes). O Galo de Japi até tentou, porém será difícil voltar aos melhores momentos.

 

Imagem: Paulista de Jundiaí.

 

Gaúcho Primeira Divisão:

 

Ypiranga de Erechim:

Alguns podem pensar, por que o Ypiranga está nesta lista? Pelo simples motivo de estar na Série C do Brasileiro, apesar de não possuir uma grande história, o fato do rebaixamento preocupa para a equipe, a equipe é de 1924. Em termos de história, foi duas vezes 3º colocado no estadual, tetracampeão da divisão de acesso e chegou a terceira fase da Copa do Brasil ano passado. Paulo Baier foi anunciado em 2015 e desde lá, a equipe vêm crescendo aos poucos no cenário nacional. Não duvide do Canarinho, a Série B pode ser realidade.

 

Imagem: Ypiranga FC.

 

Goiano Primeira Divisão:

 

Crac de Catalão:

O Clube Recreativo e Atlético Catalano, foi fundado em 1935, sendo bicampeão goiano em 1967 e 2004, tricampeão da segunda divisão estadual. Foi vice-campeão da Série D em 2012, quase subiu para a Série B em 2007 e chegou a terceira fase da Copa do Brasil em 2013, um empate contra o Santos, na Vila Belmiro, foi a consagração da equipe. Estava com 14 participações seguidas na primeira divisão estadual, era um clube que estava crescendo nacionalmente. O CRAC começou a ser conhecido, após a contratação do ex-atacante Alex Dias em 2009.

 

Potiguar Primeira Divisão:

 

Alecrim:

 

O Alecrim Futebol Clube é um dos maiores clubes do Rio Grande do Norte, sendo fundado em 1915. Foi campeão por 7 oportunidades do estadual, além de títulos no Torneio Início e Taça Cidade de Natal. Teve pequeno destaque no cenário nacional com um 19º colocado na Série A de 1965 e 4º lugar na Série D em 2009, acesso a terceira divisão. Uma curiosidade se dá por conta, Café Filho, presidente do Brasil em 1954 e 1955, foi goleiro do clube durante um tempo. Foi conhecido como “vingador”, após vencer o Rampla Júnior, do Uruguai, o clube havia triunfado sobre quatro clubes anteriormente.

 

Foto: Augusto Gomes/Globo Esporte.

 

Candango Primeira Divisão:

 

Brasília Futebol Clube:

 

O Brasília é tradicional no cenário estadual, mesmo assim amargou mais um rebaixamento. Na história foi campeão oito vezes estadual, campeão da Copa Verde em 2014, em cima do Paysandu. disputou a Copa Sul-Americana em 2015 e eliminou o Goiás na primeira fase. Chegou ao quarto lugar da Série B em 1983, é um clube que vive de apogeus e crises de forma constante. Está em 109º lugar no Ranking da CBF, um número chamativo, principalmente por estar sem divisão na nacional.

 

Jean Lucas

Jornalista por formação, Geógrafo nas horas vagas, dono de um conhecimento vasto sobre o futebol, países e curiosidades que vocês somente verão em minhas matérias.

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