Lendas do Milan: Kaká, o príncipe de Milão

Velocidade e habilidade definiram o estilo de Kaká no Milan. Além de ser o último brasileiro a ganhar o prêmio de melhor do mundo, Ricardo Izecson dos Santos Leite marcou a geração de 2000 do Milan. É um dos maiores ídolos da equipe Rossonera e serve de inspiração para jogadores que seguem seus passos.

A história de Kaká com o futebol começou na infância, quando se mudou pra São Paulo. O professor de educação física de seu colégio notou que o menino era talentoso e aconselhou a mãe de Kaká que o colocasse em uma escolinha para desenvolver o futebol. E foi o que ela fez.

Aos 8 anos, Kaká chegou às catergorias de base do São Paulo e com 15 anos assinou seu primeiro contrato profissional.

Em fevereiro de 2001, Kaká, que tinha apenas 19 anos, estreou pelo time profissional do São Paulo. Era a final do torneio Rio-São Paulo, contra a equipe carioca do Botafogo. Seu primeiro gol marcado foi contra o Santos, em seu segundo jogo profissional, e definiu a virada na partida, que terminou 4 a 2 para o São Paulo.

Devido às boas aparições, Kaká foi convocado no início de 2002 pelo técnico Felipão para disputar amistosos com a camisa amarelinha. Ganhou a confiança do técnico e foi levado à Copa daquele ano. Apesar de estar quase sempre no banco, esteve em campo no time misto que jogou contra a Costa Rica. Kaká era querido pela seleção e pelo povo brasileiro, considerado por Carlos Alberto Parreira como “um daqueles jogadores que aparece a cada vinte, trinta anos, como Zico”.

A chegada ao Milan:

Em 2003, Kaká chegou ao Milan. A equipe tinha acabado de vencer a Champions e contava com os brasileiros Dida, Cafu, Roque Junior, Serginho e Rivaldo. Leonardo, que jogou com Kaká em 2001, fazia parte da gestão e foi um dos responsáveis pela contratação de Kaká.

Junto com Shevchenko, Kaká se transformou em uma das peças indispensáveis da equipe Rossonera.

Apesar disso, na seleção de 2006, Kaká não conseguiu levar o Brasil ao hexa. Em uma das melhores seleções da história, os canarinhos caíram nas quartas de final para a França de Henry e Zidane.

Kaká e Shevchenko

No Esquadrão Imortal, Kaká chegou a duas finais da Liga dos Campeões. Em 2005, a equipe foi vice para o Liverpool, após sair na frente pelo placar de 3 a 0 no Milagre de Istambul. Em 2007, em uma das melhores campanhas do Milan e a melhor de Kaká, a equipe conquistou o 7º título da Champions.

Em pé: Maldini, Dida, Oddo, Nesta, Ambrosini e Seedorf. Agachados: Inzaghi, Kaká, Gattuso, Pirlo e Jankulovski.

Na final de 2007, Milan e Liverpool se encontraram novamente. O fantasma da final de Istambul ainda assustava a torcida do Milan, que em um misto de emoção, confiava fielmente no time liderado pelo capitão Maldini.

Em um jogo bem disputado, o Milan abriu o placar com Inzaghi no final do primeiro tempo. Ele também foi o autor do segundo gol, aos 82. Kuyt diminuiu para o Liverpool aos 89, mas a partida acabou com a explosão rossonera no Estádio Olímpico de Atenas.

Devido à performance acima da média na temporada, Kaká venceu o prêmio The Best da FIFA naquele ano. Ele foi o último brasileiro a conquistar o prêmio de melhor do mundo.