Abel Braga lamenta derrota, mas na coletiva o assunto principal é sobre Richarlison
O Fluminense enfrentou neste sábado (10) o Palmeiras, no estádio Allianz Parque, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo com gol de Henrique Dourado, a equipe tricolor saiu de campo derrotado por 3 a 1 pelo Alviverde. Abel Braga deixou o campo chateado com os vacilos defensivos do Fluminense, mas o grande questionamento na coletiva de imprensa tinha apenas um nome: Richarlison. O jogador, que se recusou a viajar com o time após surgir interesse do Palmeiras, foi o tema principal dos jornalistas. Perguntado se o atleta fez falta ao time, o treinador foi direto ao ponto:
– Não jogou, perdemos, não fez falta nenhuma. Se tiver que voltar, volta. Se não tiver que voltar, não volta. Quero jogador com disposição, que entre em campo e corra. Ontem, tirei da equipe porque ele falou que não estava com cabeça para o jogo.
O comandante da equipe tricolor deixou claro o que ele pensa sobre o assunto:
–Se ele fosse meu filho, com certeza isso não teria acontecido. Já viu minha retidão? Já escutou falar de alguma situação em que o Abel Braga saiu da linha, saiu da reta, saiu do caminho? Não aconteceria, com certeza.
– Não me surpreendo com o governo do meu país. Não me surpreendo com o governo do meu estado. Vou me surpreender com empresário e dirigente?
Abel Braga continuou a entrevista, e evitou criticar diretamente o jogador pela decisão de não entrar em campo, criticando seus representantes:
-Acho que ele foi usado. Mas não significa dizer que estava dentro da consciência dele, dentro do caráter dele. O futebol hoje é muito manipulado. É muito empresário pra um jogador. Com ele, são três, não sei bem. Os caras também têm que ensinar, têm que ter conduta. Os caras só pensam em causa própria. – Frisou.
Sobre o jogo, o técnico ficou aborrecido com os gols marcados por Guerra e Keno no primeiro tempo:
– Jogo difícil, complicado. Nós facilitamos e complicamos mais. Não pode vir fora de casa jogar contra o Palmeiras e sofrer os dois gols que sofremos. Falo dos dois primeiros. Esse terceiro é como se não tivesse existido. Fomos para frente, precisávamos empatar o jogo, tivemos a chance. O Palmeiras trabalhou melhor a bola no segundo tempo, conseguiu individualizar mais a marcação. Nós não criamos tanto. O resultado é justo.