Dois de Julho…

Maracanã, RJ. 02/07/2008. Quarta – Feira, 21h:50. Final da Copa Libertadores.

Tudo que aconteceu deste momento, até o início da madrugada do dia seguinte, jamais será esquecido. Mas talvez, nunca deveria ser lembrado. Ou talvez, nem tenha acontecido…

A Libertadores de 2008 foi surreal. O único torneio da história, onde o real campeão, foi vice…

Explica-la, é quase impossível. Envolve fé, física quântica e, acho, que até mesmo futebol. E todo mundo sabe, essas coisas não se explicam…

Quase todo mundo acredita em Deus, por fé ou por medo. Dizem que Deus controla tudo. O torcedor do Fluminense acredita. Tem fé. A campanha da Libertadores de 2008 foi movida pela fé. É fato. Ou alguém vai duvidar, que não foi a fé, que direcionou a cobrança de escanteio do Thiago Neves na cabeça do Washington?!

Quando a bola rolou naquele fatídico 02/07, milhares de tricolores no estádio e outros milhões nas suas casas tinham a certeza que um milagre aconteceria. Não aconteceu…

O Maracanã estava desenhado para receber uma festa única. O cenário estava perfeito…

O jogo, lembro de cada detalhe. O gol dos caras no início. Os 3 gols do Thiago. O diabo, transvestido de Hector Baldassi deixando de dar dois pênaltis. Renato recuando o time. A disputa de pênaltis…

Acho que se derem replay no jogo, o Fluminense vence de 4×1. Thiago Neves, de pênalti…

Mas acho que nenhum tricolor do mundo, jamais teve ou terá coragem de rever o jogo. Não dá…

Naquele dia, milhões de tricolores dormiram ateus. Não havia lógica, desculpa ou justiça, para convencer a todos, fossem tricolores, rivais ou até mesmo o diabo, de que o milagre não aconteceu. Não havia explicação. Até hoje não há…

O ateu perguntava onde estava Deus. O fiel não sabia responder. Por instantes, não havia fé…