Depois de quase 11 meses sem jogar no Maracanã, o Fluminense retornará a sua casa nesta sexta-feira (28). Mas, por que a grande importância de jogar no Maracanã? O que há de tão importante em um Estádio? É apenas um Estádio?
Jogos importantes do Fluminense no Maracanã: Fluminense é pioneiro no Maracanã desde a sua fundação: Fluminense ganhou os três primeiros clássicos no Maracanã, pouco depois da sua abertura, em 1950. Botafogo, Vasco e Flamengo, nesta ordem, foram derrotados pelo o Fluminense no esporte do Rio de Janeiro.
Fluminense 1 x 0 Botafogo: Ídolo do Fluminense e Botafogo, Didi passou grande parte da carreira no clube tricolor. Na tarde do dia 16 de setembro de 1950, as equipes se enfrentaram no Maracanã, o primeiro clássico do Flu no ”Maior do Mundo”, pelo Campeonato Carioca. O clube tricolor não tinha boa atuação no campeonato, mas surpreendeu. Fluminense entrou em campo com: Castilho, Píndaro e Pinheiro; Osvaldo, Rubinho e Jair; Róbson, João Carlos, Silas, Didi e Mitinho. O Flu foi superior na parte após o empate no primeiro tempo, venceu com o gol de Didi, em uma bela cobrança de falta, que foi muito bem elogiada pelos jornais da época. Mal no Carioca, o Flu surpreendia a cada jogo, mostrava ter força e superação de uma equipe que tinha bons jogadores.
Fluminense 2 x 1 Vasco: Poucas coisas são mais dignas de nota no futebol nacional no de 1950, quanto a superação do Fluminense frente ao time do Vasco no dia primeiro de outubro. Em sete minutos de jogo, Silas marcou duas vezes.Fluminense foi a campo com: Castilho, Laffayette e Pinheiro; Osvaldo, Pé de Valsa e Jair; Róbson, Carlyle, Silas, Didi e Jerônimo. Vasco diminuiu o placar ainda no primeiro tempo, com Ipojucan, se saiu muito bem no segundo, mas foi parado por uma exibição de Pinheiro e uma atuação sensacional de Castilho. Logo após acabar o jogo, torcedores do Fluminense invadiram o campo e saudaram um trinfo digno de verdadeiros guerreiros.
Fluminense 2 x 1 Flamengo: Os jornais da época garantem que o Fluminense foi superior ao Flamengo em todo o jogo, que venceu o rival com autoridade. Carlyle abriu o placar aos 42′ do primeiro tempo, logo após, o zagueiro do Flu, Píndaro, foi infeliz em um lance e marcou contra, mas, passando cinco minutos, Silas, definiu o placar do jogo. Diferente dos dois clássicos anteriores, Flu foi a campo no dia 22 de outubro em 1950, ostentando confiança e a condição de ser o favorito e cumpriu com o seu papel.
Fluminense campeão da Copa Rio de 1952: Fluminense foi campeão da Copa Rio, verdadeiro Mundial de Interclubes internacional patrocinado pela Confederação Brasileira de Desportos. A estreia no torneio ocorreu no dia 13 de julho de 1952, contra o Sporting, a partida terminou 0 x 0, e acabou sendo um resultado justo. O elenco tricolor atuou com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Telê, Orlando (depois Róbson), Carlyle (depois Marinho), Didi e Quincas. O segundo confronto do Tricolor Carioca foi contra o Grasshopper (17 de julho), Marinho finalizou e decidiu o placar final por 1 x 0. Já contra o Penãrol (20 de julho), o placar do jogo ficou 3xo, com gols marcado pelo Marinho aos 38′ e 75′ minutos e de Orlando, em um pênalti sofrido por Marinho. Enfrentamos também a equipe da Áustria, vencemos por 1 x 0, em um novo jogo com Áustria de Viena, aconteceu uma goleada tricolor, 5 x 2. Partíamos para a grande final contra um outro clube brasileiro, o Corinthians. Na primeira partida vencemos por 2 x 0, na partida decisiva ocorreu empate em 2 x 2, e que dava o título ao Fluminense, sendo assim, Fluminense saiu de lá Campeões Invictos da Copa Rio.
Não podemos esquecer de mencionar os anos seguintes, como em 1970, aonde o Fluminense foi o primeiro clube do Rio a conquistar a Taça de Prata, chamada de Torneio Roberto Gomes Pedrosa, embrião do atual Campeonato Brasileiro.
Em 1980 o Fluminense conquistava seu 24º título Estadual, Foi em 1980 que a torcida tricolor cantava pela primeira vez a música “A benção, João de Deus” nas arquibancadas do Maracanã. Devido à visita do Papa João Paulo II ao Brasil naquele ano, os tricolores ecoaram a canção que iluminou a equipe em busca de mais uma conquista do Estadual. O Fluminense ganhou o Carioca em cima do Vasco. O zagueiro Edinho, aos 22 do segundo tempo, encheu o pé e acertou um tiro em uma cobrança de falta e fez o gol que daria o 24º título do Estadual. Foi especial. O time tricolor era recheado de jovens jogadores que sucederam uma geração vitoriosa na década de 1970, com a lendária Máquina Tricolor de Rivelino e companhia. Uma grande responsabilidade.
Entre outros anos que marcaram muito a história do Fluminense Football Club, para finalizar as nossas recordações de momentos especiais, separei o ano de 1995 e de 2009/2010, temos que concordar que ambos os anos foram sensacionais, 1995 ano em que foi uma das maiores partida da história do Fla-Flu até os dias de hoje e em 2009, de 99% rebaixado a 100% campeão.
1995: Eram mais de 110 mil torcedores no Maracanã. A maioria, 3/5, era rubro-negra. O Flamengo tinha o ataque dos sonhos com Romário e Sávio, além do badalado Luxemburgo no banco de reservas. Celebrava o centenário de sua fundação naquele ano de 1995. E nada melhor que comemorar o centenário com um título carioca em cima do rival, o Fluminense. A seca de títulos incomodava o Tricolor. Desde 1985 não via a cor da taça de campeão estadual. Favorito? Era o Flamengo, mesmo com as vitórias do Flu antes daquela decisão, que não era decisão, era o último jogo do octogonal, que acabou virando final. O Fla jogava pelo empate. O Flu precisava da vitória. O Flu abriu 2 a 0. O Fla empatou. O Flu teve dois expulsos. Depois mais um. Quando todos cantavam a vitória do Fla, aconteceu o improvável, o impossível. Aílton entortou seu marcador pela ponta direita quando o cronometro já passava de 40 minutos do segundo tempo. O meia chutou. A bola ia para fora. Ia. Renato Gaúcho, como quem antevê e sente a eternidade passando por seus olhos, meteu a barriga na pelota e a mandou pro gol. 3 a 2. Gol de título. Fim do jejum. E o início de gozações eternas pra cima do rival. Justamente no centenário rubro-negro. Era a glória tricolor em uma das maiores partidas da história dos Fla-Flus, que teve todos os itens que exigem um autêntico clássico: emoção, drama, estádio cheio, confusões, polêmicas, gols. A festa foi enorme e o choro de emoção foi instantâneo, dos jogadores, da comissão técnica, da torcida. No ano do centenário do maior rival, o Tricolor conquistava o Carioca e colocava fim ao jejum de uma década sem títulos. E, lá de cima, Nelson Rodrigues, o mais imortal dos torcedores do Flu, com certeza fazia a festa com mais uma prova de que seu time era mesmo capaz das mais incríveis façanhas, como ele mesmo dizia: “O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, só o Tricolor não passará, jamais”
2009-2010: No final de outubro de 2009 mas precisamente dia 29, o Fluminense entrou no Maracanã que se encontrava vazio, de baixo de chuva, contra um Atlético-MG que lutava pelo título. Os matemáticos calculavam 99% de chance de rebaixamento para o lanterna da competição. Era preciso uma sequência de resultados de campeão. E aconteceu. O início foi exatamente contra o Galo: 2 a 1; Após 6 vitórias e um empate, sendo um dos jogos a incrível virada para cima do Cruzeiro depois de estar perdendo por 2 a 0, no Mineirão, o time do técnico Cuca se livrou da Série O Campeonato Brasileiro de 2010 foi considerado por muitos analistas o mais difícil da era dos pontos corridos. Foi a continuidade da saga do Time de Guerreiros de 2009, que naquele ano escreveu páginas heróicas de uma arrancada espetacular, se livrando do rebaixamento nas últimas cinco rodadas, quando os matemáticos condenavam o Flu com 98% de chances de rebaixamento. Quem acreditaria que o time desacreditado do meio de 2009 conseguiria chegar ao topo do Brasil? Das 38 rodadas, o Fluminense foi o clube que mais tempo ficou na ponta da tabela. Foram 23 jornadas aparecendo como líder do Campeonato Brasileiro de 2010. Foram apenas 36 gols sofridos. Mariano, Marquinhos, André Luis, Digão, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos e Julio Cesar foram responsáveis pela melhor defesa do campeonato. Não podemos esquecer também dos nossos volantes: Valencia, Diguinho, Fernando Bob, Belletti e Diog, verdadeiros cães de guarda da nossa retaguarda. Nossos goleiros Fernando Henrique, Ricardo Berna e Rafael também foram fundamentais para esse desempenho da defesa menos vazada da competição. O campeonato de 2010 deixa a marca de que um time pode tudo. O Fluminense passou por tudo. Foi do céu ao inferno (campanha épica na Libertadores de 2008 e depois a perda do título na final). Depois, do inferno ao céu (campanha pífia em 2009 e o renascimento no final, escapando do rebaixamento iminente). E foi a torcida que inflamou o time em todos os momentos. Além de ser o combustível para as viradas históricas, a torcida do Fluminense provou ser a mais bonita do Brasil. O que dizer dos lindos mosaicos protagonizados pelos tricolores no Maracanã e no Engenhão? Inesquecíveis! A chuva de pó-de-arroz tomou conta do Brasil.
O Maracanã não perdeu seu valor, o Maracanã não é apenas um Estádio, o Maracanã continua sendo o mesmo de todas essas épocas e não só para o Fluminense, assim como para todos os clubes do Rio. No Maracanã tem muitas histórias para se recordar, histórias alegres que te fazem se sentir feliz, como também histórias tristes que te desanimam, mas todas as vezes que vemos o que o nosso clube viveu em um único Estádio, podemos ver o quão grande é a importância do Maracanã para nós. Apoie seu time aonde quer que ele vá, siga em frente com ele, nosso time precisa de nós. E é assim, relembrando uma grande volta por cima do nosso Tricolor Carioca que eu termino essa matéria. Momentos ruins vem para todos os times, nenhum time vive apenas de momentos bons e posso te garantir que quando esses momentos vem e o time ver que tem o apoio da torcida essa fase passa mais rápido do que a gente imagina! Apoie seu time, guerreiro(a).
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Por fim, o atacante elogiou a passagem de Rabello pelo Galo, destacando o profissionalismo do mesmo no clube.
