Entrevista com o atacante Guilherme Parede, do Coritiba Foot Ball Club

Guilherme Parede Pinheiro nasceu no dia 19 de setembro de 1995 na cidade de Nova Andradina-MS. Fostes revelado no Coritiba (onde atualmente está) e tem passagens por Ypiranga-RS e JMalucelli-PR. Atleta conhecido e reconhecido por fazer bem o pivô e ter finalizações corretas

 

Gosta de alguns esportes além do futebol? Quais? Acompanho bastante os jogos de futsal, pois na minha infância – dos 7 aos 15 anos – joguei e a paixão permaneceu.

Time do coração: O futebol em si é o meu time do coração.

Um hobby: Ficar em casa com a minha esposa assistindo jogos, filmes e séries.

Filme favorito: Gigantes de aço.

Uma música favorita: Sinceridade – Alisson e Neide.

Melhor jogo da carreira: Posso destacar alguns: a minha estreia pelo profissional no Coritiba contra o Avaí na ressacada, quando o time estava numa fase ruim. A final do torneio Dallas Cup nos Estados Unidos, onde fui destaque e o primeiro jogo do campeonato paranaense de 2018, onde fiz o primeiro gol como profissional pelo Coritiba.

Uma qualidade sua: Ser sincero.

Um defeito seu: Ser muito ansioso.

Um orgulho: Meu amadurecimento profissional e pessoal.

Possui algum arrependimento? Não.

Uma inspiração? Deus.

Um lugar que deseja conhecer: Japão.

 

1- Como foi o início da sua carreira? A saída do Mato Grosso do Sul para o Paraná lhe trouxe muitas dificuldades de adaptação? Como analisas atualmente o futebol sul-matogrossense? És jovens e tem um longo caminho ainda, mas existe uma vontade de sair do país? Se fosse para escolher entre um mercado emergente, sem ser a Europa, qual seria e por qual motivo?

R: O início da minha carreira foi bem difícil. Após vários testes, passei pelo CENE de Mato Grosso do Sul onde enfrentei muitas dificuldades e até pensei em desistir. Foi então que conheci um preparador físico chamado Elizeu, que viu o meu potencial e me indicou para o diretor do operário de Ponta Grossa. Lá, atuei por 6 meses e então conheci o Luiz Alberto (que hoje é o meu empresário) da L.A Sports e então me trouxe para o Coritiba, onde estou há 5 anos. Ao chegar no Paraná, precisei me adaptar ao clima, tendo em vista que no MS é muito quente. Fora isso, tudo foi um processo de aprendizagem e eu sabia que as mudanças seriam parte do meu sonho, então tive que enfrentar todos os obstáculos pensando que eram o melhor para mim. Apesar de ter pouca ascensão, o futebol Sul mato grossense tem o seu papel em destacar alguns bons jogadores para dentro e fora do Brasil. Tenho vontade sim, Japão é um país que me chama atenção.

 

2- Fostes revelado no Coritiba Foot Ball Club. Como foi para você esta transição entre o time da base e o elenco profissional? O clube alviverde sempre foi muito forte nas divisões de base e os seus campeonatos, por que o Coritiba tem tanta força em revelar atletas? Como foi para ti o primeiro gol com a camisa da equipe? Por quais motivos em 2015 e 2016 não conseguiu uma sequência maior no time?

R: A transição entre a base e o time profissional é algo marcante, pois todos os atletas esperam por isso e para mim não foi diferente. É onde aprendemos ainda mais sobre a realidade do futebol. O Coritiba é uma potência grande em revelar atletas, pois é um clube que investe em seus jogadores desde muito cedo, oferecendo todo tipo de suporte que atleta precisa, dentro e fora de campo. Pelo profissional, o primeiro gol foi muito marcante. A minha esposa estava na arquibancada e pude oferecer o gol a ela, que tem me ajudado muito. Pude realizar o meu sonho e mostrar um pouco do que sou capaz. Não tive uma sequência pois não estava preparado psicologicamente. Fui emprestado para dois times, vivenciei outra realidade do futebol e pude me preparar em todos os sentidos para voltar ao Coritiba e desfrutar desse momento que estou vivendo hoje.

Imagem: Coritiba Foot Ball Club.

3- Teve passagens pelo Ypiranga-RS e JMalucelli-PR. Como foram as experiências em atuar nos clubes de menor porte do Sul? Existe alguma diferença latente entre o futebol paranaense e gaúcho? Como foi participar de um elenco que fez seu papel em campo, mas por problemas extras foi rebaixado no estadual? Acompanha de algum modo o Canarinho de Erechim em suas disputas da segundona estadual e terceira divisão nacional?

R: Atuar por essas duas equipes me trouxe mais amadurecimento e preparação. Para mim, o futebol paranaense é mais cadenciado, mais posse de bola e o gaúcho é mais pegado, mais contato físico. Isso nos faz enxergar de como futebol vai além dos quatro quantos, assim como uma empresa funciona, é também no futebol. Tudo deve estar em coerência. O time vinha desenvolvendo um bom campeonato, mas infelizmente isso aconteceu. Sim, sigo nas redes sociais e ficou um carinho grande pelo time. Foi um clube que me recebeu bem.

 

4- Poderia nos contar sobre a transição entre Sandro Forner para Eduardo Baptista? Existiu algum procedimento diferente para que a equipe começasse a encaixar na disputa da Série B? Quais são as expectativas para o decorrer do ano tanto profissionalmente, como para o clube? Por causa do maior investimento do Coxa perante o restante das equipes, há uma pressão maior pelo acesso?

R: Cada técnico tem a sua filosofia e futebol é momento, tanto para os treinadores quanto para os atletas. Tenho certeza que o Sandro Forner deu o seu melhor assim como o Eduardo tem feito. As expectativas são boas, pretendemos conquistar o acesso e colocar o Coritiba no seu devido lugar, que é a série A. Pressão sempre terá, todos sabem da grandeza do Coritiba e independente disso, estar sempre em uma boa colocação na tabela é essencial para qualquer clube.

Imagem: Coritiba Foot Ball Club.

 

5- Uma mensagem para os colunistas e leitores do site mercadodofutebol.com?

R: Futebol é mais que um esporte, é uma preparação para a vida. Por isso, times grandes e pequenos devem ser respeitados pela grandeza em suas batalhas diárias.