A mão de Luis Suárez e o descobrimento do amor
Hoje, neste dia 02 de julho de 2020, completam-se 10 anos da partida excepcional entre Uruguai e Gana, na Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul. No entanto, não é tema da Un día como hoy, já que, hoje trataremos de amor – algo inexplicável.
Este autor que vos fala possui 20 anos atualmente, obviamente, na época, 10 anos. A Copa de 2010 mesmo antes de começar muito me marcou, foi quando ganhei minha primeira camisa da Seleção Brasileira, no entanto, foi ali também que parei de torcer e, sem motivo aparente, iniciei minha torcida pela Celeste Olímpica. Antes da defesa emblemática de Suárez, antes de Forlán se apresentar como o melhor jogador do Mundial, antes de tudo. Anteriormente a conhecer qualquer história da Seleção Uruguaia – foi inexplicável, como o amor.
Não entendemos o porquê do amor, em algumas vezes não enxergamos razão naquilo, mas sentimos. Eu senti. Eu senti, a partir daquele momento, que eu tinha uma ligação com o Uruguai, não sei até os dias atuais se realmente há, todavia, reitero que houve a sensação de participação com aquele país – com o país que eu adotei para mim.
Sou brasileiro, sem dúvidas, por ter nascido aqui. De coração, sou uruguaio. Eu descobri neste dia, há 10 anos atrás. A descoberta veio naquela partida contra Gana, pouco antes talvez. No mesmo dia, o Brasil foi eliminado para a Holanda (Países Baixos), também nas quartas de finais. Quando todo mundo estava triste, por volta de 13 horas, eu estava ansioso para chegar à casa de minha família na roça, para poder assistir aquela partida entre Uruguai e Gana. Felizmente cheguei a tempo.
A Jabulani rola… e sem direção
Portanto, começou neste momento o sofrimento com a Seleção Uruguaia. A Gana foi melhor com a bola rolando naquele dia, porém, nós uruguaios, não iriamos desistir, nem quando realmente veio o bendito – e não maldito – pênalti. Mas antes disso, a Jabulani em conjunto com o melhor jogador daquela Copa empatariam a partida, levando-a para a prorrogação. Um golaço de falta que marcou aquela Copa: o melhor jogador e o impacto que a bola teve naquela edição do torneio.
Fomos para a prorrogação, sem gols. Quando tudo parecia já ter fim, veio o ataque de Gana. Bate e rebate na área, a bola sobra, cabeceio do ganês… defesa monstruosa e emblemática de Luis Suárez. God save the king – o rei Suárez. El Pistolero evitou o gol da seleção de Gana aos 120 minutos decorridos da partida, já nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação, tirou ali o gol da classificação da seleção africana para as semifinais.