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Aquele momento que a esperança nasce, mesmo no meio de uma tragédia

Hoje teremos uma postagem diferente, não aquele material jornalistico bruto. Porém permeado por uma crônica como forma de mostrar que mesmo após um momento ruim, podemos nos reerguer e pensar sim em situações melhores. Neste caso iremos contar um pouco sobre um país desconhecido por muitos, este é o Zimbábue de capital Harare.

O país foi afetado pelo ciclone Idai e segundo as organizações locais até terça, 344 pessoas morreram e milhares foram afetadas pelos fortes ventos e a falta de estrutura latente. Porém dia 24 de março de 2019, o Zimbábue jogava contra Congo na capital e caso vencesse se classificaria para a Copa das Nações Africanas no Egito (algo que não acontecia desde 2006).

O Zimbábue está longe de ser considerada forte no continente africano, mesmo assim o atual 110º colocado no ranking da FIFA, lutou como diz sua alcunha (The Warriors) ou simplesmente “os guerreiros”. Vale ressaltar que a seleção se chamava Rodésia do Sul (entre 1939 e 1964) e Rodésia (até 1980), quando mudaram o nome para o atual.

Para quem não sabe, o país viveu também uma epidemia de cólera (em 2008 e 2009), onde 11 mil casos foi diagnosticados dentro de quatro meses e ainda eles padecem com a doença que vem em ciclos por surtos (como ano passado). Em outro aspecto, a cólera (raiva ou ira) pode ser aplicada, mas para o bem em busca de mudanças para este cenário.

A seleção é treinada por Sunday Chidzambwa. Sunday em português é domingo e pelas coincidências da vida, a classificação veio num domingo. Dos 41 atletas que participaram das eliminatórias, nove são do Zimbábue (o país é conhecido pelo Dynamos FC que chegou na semifinal da Liga dos Campeões Africanas em 2008, apesar de atualmente não estar bem).

Dezenove jogadores atuam na África do Sul (um liga mais organizada e geograficamente próxima), dois da Bélgica e da Tanzânia, um do País de Gales (Cefn Druids, atual terceiro colocado), além de França, Estados Unidos, Zâmbia, Inglaterra (Nottingham Forest) e Portugal. Outros três estão atualmente sem clube (pelo mercado escasso para jogadores do país).

Foto: Seleção do Zimbábue.
 

Finalizando, sobre o jogo, a seleção partiu para cima e aos 20 minutos o meia Khama Billiat (naturalizado sul-africano e atual Kaizer Chiefs, mas preferiu defender as cores nacionais) abriu o placar. Aos 36 minutos, o atacante Knowledge Musona (Lokeren, da Bélgica) fez o segundo gol e a classificação e alegria veio no apito final em Harare.

Foto de capa: Seleção de Zimbábue.