Quantas vezes na solidão, eu pensei em ti?

Gabriel Neri

Não podemos afirmar o número exato de vezes que você pensa no que ama por dia. Pode ser uma pessoa, um lugar ou no caso de um torcedor, um clube.

O seu clube é o refúgio nos momentos de tensão, solidão e estresse diário. Por isso, você cuida dele e o defende de quase tudo. Nas derrotas, critica, mas sempre querendo o bem. E como o bem dele te faz bem. Nas vitórias, juntos, comemoram o triunfo. E como lembramos dos triunfos.

Como diz a música do Skank: É Uma Partida de Futebol.

Posso morrer pelo meu time
Se ele perder, que dor, imenso crime
Posso chorar se ele não ganhar
Mas se ele ganha não adianta
Não há garganta que não pare de berrar

Voltando à pergunta: quantas vezes você pensa em seu clube por dia? E nos títulos conquistados? E nos jogos inesquecíveis?

Isso é particular e pessoal, mas todo torcedor pensa no que ama. Somos casados com eles e às vezes, pensamos em como seria a vida sem aqueles jogos de domingo, sábado, quarta ou qualquer outro dia. Esse é o ponto: não seríamos esses apaixonados caso não existisse o nosso amor.

Não é o objetivo deste texto fazer você contar os minutos (ou horas) que pensa no seu time. Mas sim, a importância dele em sua vida.

No caso de quem vos escreve, o Cruzeiro se fez parte em todas as agonias. Dias lotados de estresse e adversidades, mas que no fim, lembrei e relembrei várias vezes de um gol ou uma conquista. Mais ainda, para esquecer das desilusões, me iludi pensando como será o próximo jogo, conquista ou gol. Vou comemorar? Estarei presente? Vai acontecer mesmo? Não sei e no fundo, o não saber nos move e nos mantem.

“No es y nunca será sólo fútbol”