Recentemente promovido ao profissional e uma das apostas para o Náutico na temporada 2020, Eric Santos Rosário, ou apenas Eric Bahia, teve um começo difícil, algumas reviravoltas, mas sempre manteve o foco e a confiança em seu talento para chegar a voos mais altos.
Nascido em Salvador, mas foi morar em Pedrão, cidade que fica 135 km distante da capital, com três anos de idade. Com 13 anos, o jogador teve seu primeiro contato com uma escolinha de futebol, mas o começo foi bem difícil:
“Minha família nunca foi muito bem de vida, sempre tive dificuldades para ter chuteira, já cheguei a treinar com tênis ou chuteira emprestada nas escolinhas. A primeira chuteira que eu tive, fui comprar com meu ex treinador… A gente chamava ele de Carlinhos. Eu tinha levado só 40 reais e a chuteira mais barata era 70. Já estava decidido que iria voltar para casa sem comprar, mas o Carlinhos completou os 30.” – disse. “Já tiveram casos dos meus pais perguntarem se eu estava bem e eu ter que mentir para eles, para não ter que fazer eles chorarem… Dizia que estava bem, mas nem tinha comido direito no dia. Já chorei várias vezes sozinho“, completou.
Em um dos clubes que Eric passou, o jogador conta ter dificuldades até mesmo na alimentação dos alojamentos e conta que essa foi uma das piores partes da sua curta carreira como jogador:
“Não vou citar nomes, mas nosso lanche da noite era só uma bolacha recheada. A gente já não se alimentava bem, mas chegava a noite e o que tinha para comer era bolacha recheada com água. Já assinei contrato de 50, 100 reais. Eu só aguentava mesmo porque era o meu sonho.”Destaque por seus dribles e jogadas objetivas, Eric então se mudou para Alagoinhas, onde jogou por quase um ano:
Depois de uma boa passagem pelo Porto, de Caruaru, Eric chegou ao Vitória com 16 anos. Com boas atuações na base do clube baiano, o Shakhatar Donesk teve interesse na sua contratação, mas o Vitória não quis liberar por empréstimo e o negócio acabou não acontecendo. Perguntado se tem algum ressentimento, ele responde que ficou chateado:
“Na época eu confesso que fiquei um pouco chateado. Uma oportunidade dessas, com 17 anos, chance de ir jogar na Europa e isso ser importante para o meu amadurecimento profissional… Mas depois eu entendi que as coisas são como Deus quer. Hoje eu estou feliz aqui no Náutico, tendo as oportunidades e se eu tivesse ido para o Shakhtar talvez eu não estaria aqui vivendo essa felicidade. Poderia ser feliz lá, mas, pelo o que eu tô vivendo aqui, não me arrependo do negócio não ter dado certo.”
Depois de pouco tempo defendendo a Ponte Preta, Eric chegou no Náutico no começo de 2019 e logo chamou atenção: na disputa do Campeonato Pernambucano sub-20, o atacante se destacou por seus dribles, jogadas rápidas e sempre objetivas e fez uma excelente competição:
Pelo bom desempenho, já era esperada a promoção para o time profissional. No começo desse ano, o garoto de 20 anos subiu para o time principal do Náutico, mas, por conta da pandemia, só fez apenas três jogos. Os jogadores voltaram aos treinamentos no dia 15, mas ainda não há previsão do retorno dos jogos.
Com 20 anos de idade e história para contar, Eric Bahia também quer fazer o seu nome. As dificuldades do passado o motivaram para chegar até a profissionalização e agora ele vai em busca de mais conquistas. Existem sondagens de clubes de Portugal, Emirados Árabes Unidos e Espanha, mas nada oficial. O que se tem de certeza é muita vontade de jogar futebol e brilhar mundo à fora.
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