Hora da Cautela
O Botafogo deste ano sempre teve o seu esquema muito claro para todos que acompanham os jogos do clube: Uma trinca de volantes que fazem as triangulações pelo lado do campo e um rápido contra-ataque. A chegada do Camilo melhorou essa transição e aliado ao dedo da Jair, deixamos de nos preocupar com rebaixamento para ver que a vaga na próxima Copa Libertadores é extremamente palpável.
Nesses 11 dias para treinar e sem jogos do Botafogo a ansiedade do torcedor estava a mil. Acompanhando pelas redes sociais foi possível ver a empolgação e a possibilidade de sacramentar matematicamente a nossa vaga que continua muito bem encaminhada. A presença da torcida demonstra o nosso nível de confiança, que não pode arrefecer por causa de um insucesso.
Com o período sem jogos o noticiário ferveu com o acerto de jogador, possível saída de outros e a entrevista do Diogo Barbosa, afirmando que não se transferirá para o Flamengo (apesar da insistência de alguns jornalistas em cravarem o pré-contrato) e já afirmou que o seu interesse é ficar. Contratado para ser titular, Diogo tornou-se uma grata surpresa e com a sua contusão, descobrimos que nosso elenco tem 2 bons laterais pela esquerda. A manutenção dos titulares será a missão mais difícil da diretoria para o próximo ano, considerando a valorização de alguns e o fim de contrato de outros.
Qual não foi a surpresa quando saiu a escalação, a notícia da virose de Bruno Silva e a entrada do próprio Diogo, alterando o esquema para praticamente um 4-4-2. Precisamos propor o jogo e ter a bola, principalmente contra adversários que chegam à nossa casa e ficam encolhidos num canto.
Uma rápida olhada nas estatísticas demonstram que tivemos 61% de posse de bola e 11 finalizações, contra 7 da Chapecoense. O problema é que futebol é bola na rede. Após Neílton perder um gol e protagonizar um lance bisonho com a parceria do Lindoso, sofremos o gol e o time se desesperou.
Desespero que aumentou com a bola na trave em cobrança magistral do Camilo, defesas do goleiro Danilo e lances que demonstravam que a bola não ia entrar. Tem noite que é dia. Numa jogada de ataque nossa, sofremos o contra-ataque, Emerson não quis ser expulso (no lugar dele é certo que derrubaria o Sergio Manoel) e o 2º gol elevou nossa desorganização.