Menos um problema.
O Botafogo viajou 12 horas depois de estar 12 dias fora de casa. São 12 dias sem ver a família, em países que não são o seu. Quando chegou, o planejamento deveria ser o de descansar os titulares que na quarta-feira enfrentarão o Sport, time que vem de boas apresentações ao longo do ano num campeonato que não só não temos, como entramos praticamente na reta final.
Mesmo assim, num erro crasso de planejamento os nossos titulares entraram em campo para disputar um clássico contra um time que estava há 12 dias descansando e relaxando, para disputar a possibilidade de estar numa final que só complicaria ainda mais o nosso conturbado calendário. Ainda que boa parte da torcida pensasse diferente, sabe se lá por quê, Jair mandou todos os titulares entrarem em campo. Só faltou pedir para jogarem.
Começamos o jogo sabendo da necessidade da vitória mas após os primeiros 10 minutos em que chegamos a ter 70% de posse de bola, o time da Gávea conseguiu equilibrar as ações e ao contrário do nosso domínio infrutífero, fizeram Gatito realizar o primeiro milagre. Não vou perder meu tempo citando quem fez o que, isso é indiferente. Amarramos o jogo e fomos para o intervalo sem nenhum machucado e sem ter a meta vazada.
Ao voltar do segundo tempo, infelizmente Jair Ventura não mexeu no time. Não bastou perder 45min com Roger, nulo no ataque, perderíamos mais alguns minutos na etapa complementar também. O problema é que numa desatenção do nosso bom lateral esquerdo que cortou uma bola para o meio da área, sofremos o 1-0. Victor, isso você aprende na escolinha: Não se rebate bola para o meio da área. Ainda nos recuperávamos e tentávamos retomar o controle do jogo quando deixaram outro jogador sozinho e ao se atirar para impedir o corte, a bola tocou na mão de Fernandes e o placar continuou contra a gente: 2-0.
Quando Jair colocou Sassá e Guilherme o panorama da partida se alterou. Com muito mais gás, Sassá perturbou os zagueiros, foi afobado ao driblar Muralha e errar o cruzamento e tentou alguns chutes de fora da área. Era o ânimo que precisávamos para reverter o resultado. Ele mesmo foi derrubado e novamente converteu um pênalti. Está claro que Sassá não pode ser reserva deste time.
O resultado não veio e a eliminação sempre é dolorosa, principalmente com a derrota em clássico. Entretanto não entendo o muxoxo de alguns. Estamos mais perto do que nunca de uma classificação as Oitavas da Libertadores e jogaremos as Oitavas da Copa do Brasil. Duas chances de títulos muito mais importantes e interessantes do que o combalido Carioca. Não temos um elenco numeroso, temos uma grande numero de desfalques e nos viramos com o que dá. Tem dado certo, deixemos assim. Podemos sonhar com coisas maiores. Deixe o Estadual para quem sabe que não poderá pensar grande neste ano.
