Olimpíada

O coletivo faz passar de fase

A seleção brasileira de futebol masculino nos criou grandes expectativas de fazer uma primeira fase de olimpíada bem tranquila. Um time bem talentoso cuja característica individual e técnica tornam sua principal arma, mas também uma ruína. Claro que, dependendo da filosofia de jogo, proposta e as peças que estarão sendo usadas podem fazer um bom jogo.

Foram 3 jogos. 2 empates, 1 vitória.

Contra a África do Sul, existiu uma grande ansiedade em poder marcar o primeiro gol. A seleção criou chances, não perdeu tempo trocando passes ou esperando atitude do adversário. Entregaram-se. Porém, um grande individualismo. Não só do Neymar, mas de uma forma geral. O tempo foi passando e os jogadores ficavam cada vez mais nervosos. Não se permitia o coletivo forçando jogadas e acabando não criando chances claras de gols. Houve uma ausência tanto técnica quanto de líder em Neymar. Luan vindo do banco e melhorando o time.

Contra o Iraque, o peso nas costas era maior por não ter feito gols na África do Sul e isso foi piorando. Foram bastante afobados em lances simples que resultou em nada. Claro que, o time tentou mais uma vez, foi ao caminho do gol, mas nada adiantava. A torcida começava a vaiar de uma forma bem surpresa. Apoiando jogadores do Iraque, gritando o nome de Marta (pela campanha feita no feminino) e tendo uma parte de implicância com certos jogadores. Mais uma vez Neymar estava presente em individualismo e ausente na liderança e coletivismo. Mas isso não é somente culpa dele, sim, do time que também não tem colaborado em campo. Neymar não deu entrevistas como se esperava de um capitão e nenhum jogador se mostrou disponível a falar.

Contra a Dinamarca, começou diferente. Colocando o Luan como titular. Foi uma peça fundamental para a vitória de 4-0. Houve futebol coletivo. Depois de algumas tentativas, o peso que era enorme sumiu das costas de todos os jogadores. O Brasil fez 1-0. O tal gol apareceu. Troca de posicionamento rápida, posse de bola, calma e até que o tão vaiado e questionado Gabriel Jesus fez o seu gol. Dava para reparar em sua comemoração o quão aliviado estava. Socando os ares com um choro incontrolável de emoção. Não era pra menos, tinha que comemorar. Uma grande partida feita por Neymar. Mostrou vontade, dando passes, articulando o jogo, criando chances e soltando bem a bola. Ele foi o melhor sem querer ser o melhor.

Houve técnica e liderança.

Com uma vitória de 4-0 sobre a Dinamarca, o Brasil consegue confiança e liderança do grupo. Avança para a fase mata-mata e enfrenta a Colômbia. Seleção conhecida como “dar trabalho para Neymar”.

O Brasil desde a estreia é o favorito ao ouro por possuir jogadores de grande talento futuro e que sempre podem fazer a diferença.

O futebol é bem curioso. Empatam duas vezes, se transformam em crise e com uma vitória passa a ser a melhor defesa sem gols sofridos avançando para a próxima fase de forma invicta.

Por: Patrick Manhães

Patrick Manhães

20 anos, carioca. Estudante de jornalismo (UCB). Seguidor da filosofia futebolística tática. Torcedor do Manchester United. Amante do futebol bem jogado. Alérgico ao clubismo.

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