Capitão Réver falou na coletiva sobre a semana decisiva do Flamengo: “São três jogos que vão definir o nosso semestre”

Fernando Freire

Réver e os demais  jogadores do Flamengo se reapresentaram nesta segunda-feira (27), no Ninho do Urubu, para iniciar a preparação para o jogo de quinta-feira (30), contra o Junior de Barranquilla (COL), no segundo e decisivo jogo das semifinais da Copa Sul-Americana.

O clima não é dos melhores, pois, as falhas do goleiro Muralha, nos dois gols, na derrota pro Santos, por 2 a 1, neste domingo, na Ilha do Urubu, deixaram o ambiente do clube pesado. Coube ao capitão Réver, falar com a imprensa, na entrevista coletiva. O camisa 15 Rubro-Negro disse que preferia estar na coletiva, num momento melhor, mas que não fugirias das perguntas:

-Na verdade eu queria estar aqui por outro motivo. Uma possível classificação pra Libertadores. Tenho certeza que não será dessa maneira. Mas eu estou preparado para perguntas positivas e negativas.

Réver não quis escolher quem deve ser o goleiro no jogo decisivo da Su-Americana, se Muralha ou César. Réver, como capitão e um dos líderes dentro do elenco, tentam contornar a situação:

-Isso não é apenas o papel do capitão da equipe. Temos vários líderes no elenco. Claro que a gente procura conversar ao máximo, para passar confiança aos jogadores que estejam passando por momento de insegurança e confiança muito baixa. Não só eu, mas vários outros jogadores. Isso é feito no dia a dia. Infelizmente aconteceu isso ontem, mas hoje já tivemos uma conversa com o grupo todo. Temos que deixar para trás, porque quinta temos um jogo muito difícil. Se tornou o jogo da nossa vida. Vamos em busca do título e a classificação para libertadores

Sobre as opções que Rueda terá no gol Rubro-Negro para a partida, Réver diz ter confiança nos dois goleiros:

-São dois momentos bem diferentes. O torcedor ontem gritou o nome do César depois dos erros da partida. O Muralha é muito visado pelo torcedor. Isso pode acabar passando uma insegurança para ele, mas para a gente ele se demonstra muito seguro, porque vem treinando muito bem na semana. Cabe ao treinador decidir. Nós jogadores temos confiança dos dois. O Muralha pode não estar vivendo um bom momento, como já viveu, o César está há um tempo sem jogar, mas temos a confiança nos dois.

Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

Réver também disse que a equipe precisa controlar a ansiedade, que na opinião do zagueiro, é o que mais atrapalha:

– A maior dificuldade que estamos tendo é essa ansiedade de fazer o jogo de qualquer maneira. Temos que controlar nossa ansiedade para que isso não atrapalhe nosso desempenho. Para que não aconteça o que aconteceu ontem, 20 chances e fazer um gol, e o adversário com três chances fazer dois.

Perguntado como ele reageria se estivesse no lugar de Muralha, Réver respondeu assim:

-Acho que o jogador tem que estar preparado para tudo. Eu especificamente procuraria me empenhar ao máximo, me preparar principalmente psicologicamente. Sabemos que no futebol as coisas acontecem muito rápido. Tivemos um jogo difícil ontem, na quinta teremos um jogo ainda mais difícil e no domingo também teremos um jogo bastante complicado. São três jogos que vão definir o nosso semestre. Ontem a gente deixou a desejar. Sabemos que na quinta-feira teremos que nos empenhar muito mais

Réver foi informado que Muralha saiu de campo, no fim do jogo, sozinho, sem a presença de nenhum companheiro. O capitão Rubro-Negro disse não ter visto: