A diretoria do Flamengo iniciou a semana da estreia no Campeonato Brasileiro pressionada pela necessidade de encontrar algum reforço que possa melhorar o desempenho da tão questionada zaga. As eliminações no Campeonato Carioca e na Primeira Liga, além da campanha irregular na Copa do Brasil, sendo derrotado pelo Confiança e Fortaleza – ambos da série C – deixam evidentes que o atual plantel tem carências importantes para a sequência da temporada. Diante disso, nesses cinco dias que antecedem a estreia no Brasileiro, contra o Sport, sábado, em Volta Redonda, o Flamengo tem etapas decisivas a cumprir.
Embora tenha perdido espaço no time e em popularidade com a torcida na atual temporada, Emerson Sheik é importante dentro do elenco e conta com a admiração de Muricy Ramalho. O treinador, ao explicar sua barração, confirmada no fim de março, disse que contava com o atleta para a fase final. Problemas musculares, porém, tiraram Sheik de ação, e ele não entra em campo há exatamente um mês – o último jogo deu-se contra o Boavista, em 9 de abril, quando entrou na parte final do duelo – voltou a treinar com bola na última quarta-feira, trabalho que repetiu na quinta e na sexta.
Everton, que não joga desde a semifinal da Primeira Liga (23 de março), está livre de uma fibrose e também já trabalha com bola. A diferença em relação a Sheik é que o banco de reservas é uma realidade desde o início da temporada.
O primeiro treino da semana está marcado para esta segunda-feira, às 15h30, no Ninho do Urubu, mas na terça que os jogadores serão exigidos mais fortemente, pois é dia de trabalho integral, em dois períodos (9h30 e 15h30). A semana do dia 26 de abril a 1º de maio, anterior à da derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, foi a de maior intensidade recentemente. Houve treino integral nos dias 26, 28 e 29.
A semana é importante na negociação com Cléber, ex-Corinthians e que atualmente está no Hamburgo, da Alemanha. Embora a janela de transferência só seja reaberta em 20 de junho, o Flamengo chega forte na semana para tentar fechar a contratação do zagueiro de 25 anos. O clube europeu vai oficialmente responder se aceita emprestar o jogador, que vê com bons olhos um retorno ao futebol brasileiro. As bases salariais com o defensor, inclusive, estão acertadas, mas a transação é considerada complicada porque os dirigentes alemães trabalham com altas cifras, algo impossível no atual cenário de mercado. É importante destacar que Muricy já admitiu publicamente que só conta com três zagueiros do atual grupo: Juan, Wallace e Léo Duarte.
Um plano B seria Hernán Menosse, de 29 anos, uruguaio que joga pelo Once Caldas, da Colômbia. O jogador foi oferecido e está sendo analisado pela comissão técnica do Flamengo, que não descarta o acerto. No momento, porém, não haverá posicionamento oficial sobre reforços, pois a diretoria só costuma comentar nomes quando os mesmos estão com contrato assinado.
O Flamengo tem esperança de acertar dois patrocínios. Um deles, para exibir a marca de isqueiros Clipper na camisa, está em estágio avançado. Ocuparia a barra (parte inferior das costas). O outro, cujo nome ainda é sigiloso, chegaria para estampar mangas e a parte superior traseira do uniforme.
O Flamengo lança nesta semana sua terceira camisa número 1 desde que voltou a ter a Adidas como fornecedora de material esportivo – a parceria foi retomada em 2013. O lançamento deve ser realizado no máximo até quinta-feira, e a estreia da camisa está marcada para sábado, no jogo contra o Sport. Para aproximar a torcida do time, alguns flamenguistas serão selecionados para assinar a camisa dos jogadores. A ação de marketing tem como objetivo mostrar que o grande ídolo do Fla é o torcedor.
O duelo contra o Sport é tratado com importância após a derrota de 2 a 1 para o Fortaleza na Copa do Brasil, na semana passada. Isso porque um tropeço logo na estreia no Campeonato Brasileiro, ainda mais dentro de casa, pode tornar a Gávea um verdadeiro caldeirão. Ainda mais porque alguns conselheiros importantes da gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello já questionam o desempenho de Muricy Ramalho por conta da falta de padrão tático dado ao time do Flamengo após quatro meses de trabalho. O treinador, porém, parece contar com o prestígio junto aos dirigentes. Resta saber até quando.
“Vamos Mengão, Avante Mengão!”
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