Em coletiva, Rueda explica a derrota para o Grêmio: “Eu perdi o jogo”

O Flamengo foi derrotado por 3 a 1 para o Grêmio na tarde deste domingo (5), em Porto Alegre.

Rueda escalou o Flamengo com: Diego Alves, Pará, Rhodolfo, Rafael Vaz e Renê; Márcio Araújo, Cuéllar, William Arão e Éverton Ribeiro; Everton e Felipe Vizeu

O time de Rueda com uma marcação forte, conseguiu neutralizar o time Gremista no primeiro tempo mas deixou Felipe Vizeu muito isolado. Com poucas chances, a primeira etapa terminou 0 a 0. No segundo tempo, o time saiu na frente com gol de Éverton Ribeiro, logo no primeiro minuto do segundo tempo, depois de belo passe de Everton. Depois disso, o time deu a bola ao time do Grêmio e esperou muito dentro do seu campo. Aos 23 minutos, Renato Gaúcho fez duas substituições que mudaram o jogo. Entraram Everton e Beto da Silva nos lugares de Fernandinho e Jael. Não demorou e aos 24, Everton empatou a partida e aos 26, virou pra 2 a 1, em falhas de Pará nos dois gols.

Vendo seu time sendo dominado, Rueda mudou o time aos 30 minutos, colocando Vinicius JR no lugar de Renê. Como no Fla-Flu, Everton foi deslocado para a lateral esquerda. Aos 36, numa falha geral da zaga Rubro-Negra, Luan deu números finais a partida. Rueda ainda colocou Geuvânio e Lucas Paquetá nos lugares de Arão e Cuéllar mas de nada adiantou. Final de jogo Grêmio 3 a 1.

-Um jogo que até o 1 a 0 estava controlado, com muita ordem da nossa parte. Um Fla agressivo, com grande disposição, até o 1 a 0. Mas numa situação infeliz, um erro, creio que não é possível perder o controle. Em 1 a 1 era para seguir jogando com ordem e buscar o resultado. Para a gente o 1 a 1 não era bom. Mas era melhor que perder. Sobretudo perder o controle, como perdemos.

Rueda disse que faltou tranquilidade:

–Penso que são situações circunstanciais de jogo. Até o 1 a 0, a ordem, agressividade e disposição mental estava boa. Poderíamos fazer o 2 a 0, mas não se assimila bem. Falta a tranquilidade para assimilar o 1 a 1. Era trabalhar e jogar. Era partida controlada. Depois, se equivoca Renê, Pará. O Everton (do Grêmio), entrou e finalizou bem. Não há explicação para um jogo tranquilo, controlado. Por aí passa a derrota.

Rueda não usou o cansaço como desculpa para a derrota:

–Não é argumento cansaço. Grêmio jogou quarta-feria a Libertadores. Não temos desculpas. Equipe com a estatura e experiência do Fla não passa por aí. Em 1 a 0 tem que respeitar, valorizar. Depois, passa pela comunicação no campo. Não podemos tomar dois gols com jogadores maduros, experimentados.

O treinador falou sobre ele ter ficado a maior parte do jogo, sentado no banco de reservas, deixando seu auxiliar, Redin, na beira do campo:

–Não foi nada diferente. Hoje pedi a Redin que estivesse à frente, mas não tem nada a ver com o jogo e o placar. Isso é secundário ao jogo. Com Redin, estava 1 a 0, poderia terminar assim. Não tem nada a ver com o jogo e com o resultado

Rueda falou sobre Paolo Guerrero:

–Preferi não falar com ele. Muita gente, muita situação difícil para ele. Preferi respeitar este espaço. Ele viajou a Lima. A situação é lamentável. Ruim, crítica, por tudo que significa para o Flamengo

Sobre a estratégia de jogo, Rueda disse que ele perdeu o jogo:

–Hoje perdi o jogo. Eu perdi. Não sei a estratégia. O jogo era controlado. Buscamos ganhar desde o começo. O Grêmio tinha grande circulação de posse de bola. Com grande vocação ofensiva. Mas o jogo até 1 a 0 a favor estava funcionando, mas depois com o 1 a 1, não pela estratégia, escalação, mas como se assimila. O 1 a 1 não é a morte. É placar para trabalhar e buscar o jogo.

Sobre os desfalques, Rueda falou o seguinte:

-Hoje não podemos falar de quem não está. Não estão Juan, Réver, Berrío, Guerrero, Diego… são cinco titulares, mas qualquer equipe do mundo sente isso. Todos sabemos do que significa Diego, mas temos que aproveitar a oportunidade e jogar desta maneira.

O Flamengo ocupa a 7ª posição com 47 pontos. Quarta-feira (8), o time de Reinaldo Rueda volta a campo para enfrentar o Cruzeiro, as 21h45, na Ilha do Urubu e uma vitória é fundamental para a equipe não se desgarrar da briga pela Libertadores.