Entrevista com o meio-campista Vitor Saba, do Eastern, de Hong Kong

Vitor Rodrigues Saba nasceu no dia 11 de julho de 1990 na cidade do Rio de Janeiro. Foi revelado pelo Flamengo e possui passagens por Vitória, Brescia (Itália) e Sydney Wanderers (Austrália). Atualmente está no Eastern (Hong Kong). Conhecido pela versatilidade em campo e pela experiência repassada aos jovens

 

1- A sua carreira já iniciou vestindo a camisa de dois gigantes do Brasil na base. Como foi a transferência do Vasco (sub-17) para o Flamengo (sub-17). Quais as principais diferenças entre o ensinamento cruzmaltino e rubro-negro? Teve uma passagem muito rápida pelo profissional do Flamengo, poderia nos contar um pouco dessa experiência? O que poderia dizer de positivo em ter jogado no Vasco e no Flamengo?

R: Ter feito base nesses dois grandes times, me ajudou muito na formação e no decorrer da carreira. Aprendi muito nos 6 anos de Vasco e nos 7 anos de Flamengo. Não foi fácil ter mudado de time em 2007, mas acabou dando certo e claramente e não me arrependo. Ter jogado pelo profissional do Flamengo foi certamente um momento inesquecível.

 

2- Fostes emprestado em três oportunidades (Macaé, Vitória e Boa Vista). Como foi atuar em dois clubes de menor porte do Rio? Sentiu uma diferença muito relevante em termos de estrutura? Sobre o Vitória, o que poderia falar da torcida e de sua passagem pela equipe? O Macaé tem condições de ressurgir novamente no futebol brasileiro nos próximos anos?

R: Ter sido emprestado ajudou muito mais no meu crescimento como homem do que o crescimento como jogador. Jogar em times pequenos te mostram que na adversidade, você tem a oportunidade de abaixar a cabeça e desistir ou ter a mentalidade de superação e crescer como pessoa. A diferença de estrutura é gigante. Em todos os sentidos. Mas conheci pessoas de grandes valores humanos nessas oportunidades e sou grato pela experiencia que tive. Já o Vitoria sendo um time grande, a historia foi diferente. A diferença com o Flamengo já não era abismal e foi muito importante na meu crescimento como pessoa também, tendo sido a primeira vez que fui morar fora do RJ.

Imagem: Brescia (Itália).

 

3- Tens uma vasta experiência no futebol italiano (Brescia, Crotone e Robur Siena). Como é atuar em divisões inferiores na Europa? Sentiu falta de ter atuado em um time da Serie A do país? Seu melhor momento foi realmente no Brescia? Por qual motivo? Na época do Crotone recebeu uma proposta do Botafogo segundo a mídia especializada. Por que as conversas não conseguiram evoluir para retornar ao Brasil? Como foi chegar ao Robur Siena no momento de sua refundação após ser rebaixado à quarta divisão por não conseguir pagar seus compromissos?

R: Ter jogado na Série B da Itália fez com que eu crescesse bastante como jogador. Aprendi muito. Taticamente eles levam muito a serio. Muito mais do que a Série A. Futebol muito físico e nem sempre bonito, mas eficiente. Aprendi muito com a mentalidade italiana. Não concordo com tudo que eles pensam sobre o futebol, mas respeito. Hoje é na Itália onde eu tenho minha residencia e minha mulher e sou muito grato pela experiencia de ter jogado ali. Sem duvidas no Brescia foi meu auge pessoal. Estive muito perto de uma transferência para um time grande da Série A, mas uma lesão em dezembro de 2012 me atrapalhou e a transferência foi vetada. Acontece. Em relação ao Botafogo, eu estive em negociações apos ter jogado pelo Crotone, mas acabou não acontecendo de fato. Trabalhei com o Antônio lopes no Vitória e ele estava no Botafogo, mas por motivos pessoais e motivos contratuais, não acabou se oficializando e assinei na Séria A da Grécia.

 

4- O ápice de sua carreira em termos de conquistas foi no WS Wanderers, da Austrália. Qual foi a motivação de se aventurar no futebol australiano? Conte-nos um pouco da evolução do futebol no país? Como foi ser azarão e ser campeão da Liga dos Campeões da Ásia? Fale um pouco sobre o Mundial de 2014 e o seu gol no ES Sétif (Argélia)?