Tragédia do Maracanã completa 25 anos
Dia 19 de Julho de 1992, Flamengo e Botafogo se enfrentaram, pelo segundo jogo da final do Campeonato Brasileiro, onde o Flamengo se consagrou campeão, após vencer o primeiro jogo por 3 a 0 e o segundo jogo, empatar em 2 a 2, porém, Cerca de Trinta minutos antes de os dois times entrarem em campo, para esse segundo e decisivo jogo, ouviu-se um estrondo na arquibancada, onde ficava a torcida do Flamengo. Com o susto, uma multidão foi imprensada contra a grade de proteção, que não resistiu e várias de pessoas caíram na então chamada, cadeiras numeradas, que ficava abaixo das arquibancadas, também ferindo quem ali estava para assistir o jogo. As vítimas foram levadas para hospitais mais próximos do estádio. Até dois helicópteros foram usados no socorro aos feridos. No acidente, que é considerado a maior tragédia do estádio, que é mundialmente conhecido, três pessoas morreram e 82 ficaram feridas.
Rene de Albuquerque Ansuatigui, na época com 17 anos de idade, foi um dos feridos naquele dia. Rene, hoje com 42 anos, gerente de produção numa indústria, foi ao jogo com amigos e relatou como foi aquele dia fatídico, que ele considera ter nascido de novo:
-Nós chegamos ao estádio muito próximo do horário do jogo e aí ficou difícil para se acomodar lá dentro. Resolvemos então ficar ali, próximo a grade onde tudo aconteceu.
Eu lembro ter escutado um barulho muito alto e em seguida as pessoas começaram a serem empurradas pelas outras, com isso, a grade não conseguiu sustentar o peso e quebrou.
Hoje eu considero esta data como um segundo aniversário. Pois eu nasci de novo.
Obviamente, você não pôde assistir ao jogo. Como ficou sabendo do resultado final da partida e se o título trouxe algum alento naquele momento tão difícil?
–Então… Fui para o hospital MIGUEL COUTO e lá após ser atendido estava ansioso para saber o resultado, então perguntei pro vigilante e ele me relatou que já tinha acabado o jogo e que fomos campeões com o empate em 2 a 2. Fiquei feliz, mas ao mesmo tempo eu estava emocionalmente abalado, pois ainda não tinha feito contato com a minha família, graças a DEUS tudo ocorreu bem e consegui fazer um telefonema pra minha casa e tranquilizar a minha família.