Um pequeno sonho rubro-negro

Essa história começa em 2004, um moleque rubro-negro, de 14 anos e morador do Espirito Santo, porém nunca tinha ido ao Maracanã e sempre pedia ao seu pai. No dia 30 de junho esse pequeno torcedor iria realizar um sonho, estando de férias no Rio de Janeiro e logo seu pai chega com um par de ingressos para a final da Copa do Brasil: Flamengo x Santo André, o Mengão podia ser campeão com apenas um empate. O Flamengo não venceu e foi uma verdadeira tragédia, no final do jogo muitas lagrimas e tristeza, mas aquele pequeno fã de Júlio César se tornou apaixonado, por ver aquela torcida lotando o Maracanã e apoiando o Flamengo.  Totalmente paralisado ao olhar pra aqueles 68.000 rubro-negros e ecoando um único grito (MENGOOOO) no gigante maracanã e tornando aquele estádio pequeno. Essa imagem nunca saíra da minha cabeça… mas não estamos aqui hoje para falar de mim, apesar de também estar presente nessa história.

Desde que comecei a escrever para o Mercado do Futebol e fizemos algumas entrevistas com Emerson Sheik, Marcelo e César Martins, um pequeno amigo meu de 11 anos, Pedro Garcia Romero, pedia pra eu mandar abraço pro Everton, entrevista e qualquer coisa relacionada a ele. Pois bem quando a mídia começou a informar sobre a negociação entre Everton e Corinthians ele correu até mim e meio cabisbaixo perguntou: Maikon, é mentira que o Everton vai sair, né? Eu tive que falar a verdade e ele foi embora com semblante um tanto triste e frustrado. Depois daquele dia tentei algumas vezes fazer contato com o Flamengo, com Everton ou ganhar em uma promoção do Sócio torcedor, tudo isso sem ele saber, mas nada adiantou. Alguns dias antes do jogo entre Flamengo x América MG, contei o fato pra minha parceira de Flamengo no site, Larisse Fontana, e nós conseguimos pra ele conhecer os jogadores dentro do hotel. Informei ao pai dele que é meu amigo e queríamos fazer uma surpresa, então fingimos que íamos almoçar fora pra comemorar a vitoria do Mengão. Mas antes passaríamos no hotel pra buscar um amigo meu do Rio de Janeiro que iria com a gente. Ao chegar no hotel ele se assustou um pouco pois viu muitos torcedores, então eu disse que meu amigo devia estar hospedado no mesmo hotel que o Flamengo estava e iriamos aguardar meu amigo que estava descendo. Porém, 5 minutos antes dos jogadores descerem eu contei a surpresa pra ele, vi no olhar dele a mesma emoção que senti naquele jogo a 12 anos atrás e depois ele ficou um tanto inquieto. Foram passando os jogadores: Cuellar, PV, Rodinei, Cirino … quando descem no mesmo elevador Guerrero e Everton, adivinha em que direção ele foi? Na contra mão de qualquer pessoa que estava naquele saguão, ele correu com um brilho no olhar e com sua caneta na mão, para pedir autógrafo ao seu ídolo, trocou poucas palavras e já ia esquecendo de pegar o autógrafo, mas correu e conseguiu  aquela assinatura tão desejada.

Eu realmente não sei qual vai ser a relação de Pedro e Flamengo no futuro, mas sei que assim como eu, ele terá um dia rubro-negro que nunca saíra de sua memória.

Por Maikon Gonçalves @mkngoncalves

“acima de tudo rubro-negro, amor maior não tem igual”

 

 

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