Área de decolagem do GRU Airport, em Guarulhos-SP. Foto: arquivo pessoal.
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Diário de um palmeirense em Abu Dhabi: fugindo da Covid-19 em Guarulhos

Parafraseando-me, talvez eu nunca tenha levado tanto a sério o verso “Palmeiras vai jogar; eu vou” quanto agora.

Após decidirmos fazer uma espécie de contabilidade criativa para acompanhar o Palestra em Abu Dhabi disputando o Mundial de Clubes, eu e minha família nos deparamos com inúmeras burocracias sanitárias em decorrência do coronavírus. Várias. Um monte.

É aplicativo pra lá, teste de covid-19 pra cá, documentação específica… Mas, não foi motivo suficiente para impedir os malucos de decolarem.

Para ilustrar, veja esta tabela que recebi de algum palmeirense muito prestativo em um grupo de WhatsApp de torcedores que fariam a mesma viagem que nós. Claro, pode conter imprecisões, já que não é nenhuma produção oficial, mas serve para dar um panorama geral.

Reprodução/WhatsApp

Resumindo as exigências impostas no território dos Emirados Árabes Unidos e para entrar nos estádios dos jogos, é necessário ter um teste RT-PCR negativo a cada 96 horas. Sem contar aquele para embarcar no avião, o qual já conseguimos.

Portanto, evitar o contágio é essencial. Contudo, no aeroporto de Guarulhos, de onde escrevo este texto, a movimentação é intensa. O medo de contrair o vírus é grande. As únicas defesas são as máscaras, além de procurar não estar em eventuais picos de aglomeração.

A apreensão aumentou quando, além dos já adoecidos Gabriel Veron e Piquerez, recebemos a notícia de que Vinícius Silvestre testou positivo ao pousar no Oriente Médio. Sim, os atletas do Palmeiras também correm o risco de serem obrigados a se isolarem durante a viagem.

Em suma, não é um evento muito viável. Porém, se o Palmeiras vai jogar, nós vamos.

Palmeiras enfrenta o vencedor entre Al Ahly, do Egito, e Monterrey, do México, na próxima terça-feira, às 13h30 (Brasília), em Abu Dhabi, pela semifinal do Mundial de Clubes da FIFA.