É pelo seu bem, Professor

Da campanha surpreendente que levou o Bragantino ao título paulista de 1990, dos títulos brasileiros por Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Santos, Luxemburgo foi sinônimo de treinador diferente durante muitos anos no futebol brasileiro. Vanderlei se distinguia na tática, no comportamento, na preleção e em vários outros aspectos. Mas há coisas que nós, meros mortais, não podemos nos livrar: o tempo e a natureza. 2004 vai ficando cada vez mais distante (ano de sua última conquista nacional) e quase 16 anos depois, muita coisa mudou. Suas exigências de contratos milionários de apenas uma temporada não existem mais, a alcunha de estrategista também não é a mesma de outrora.

Luxemburgo ainda é o melhor treinador do Brasil? Óbvio que não!
Luxemburgo, então, é o pior treinador do Brasil? Também não!

Vanderlei erra e acerta como muitos que temos por aqui. A grata surpresa de Patrick de Paula e Gabriel Menino na equipe titular do Palmeiras é uma prova de seus acertos. As várias partidas pragmáticas, sem criatividade alguma, que suas equipes vem fazendo por 10 temporadas, inclusive essa no Palmeiras repleta de bons nomes, é a clara prova de seus inúmeros erros.

Pois se for para ser comum, pare. Pare porque você fez parte de um capítulo importante do futebol brasileiro. Pare porque a coroa um dia foi sua, e por muitos anos.

Você não merece ser comum.

Pare! Porque um dia quero estar batendo um bom papo de futebol com meu filho, e, quando ele perguntar sobre grandes treinadores do passado quero falar de Vanderlei Luxemburgo. Mas pare logo! Por que o futebol é ingrato, e se você demorar muito. Eu não sei de qual versão sua irei me lembrar.

Não é por crueldade, é pelo seu bem, Professor