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Endrick revela já ter sofrido racismo na infância e diz que continuará de cabeça erguida

Um dos principais nomes para o futuro do futebol brasileiro, Endrick vêm estando em alta nos noticiários pelo seu bom momento e primeira convocação para a Seleção Brasileira principal. Desta forma, o jovem também comentou sobre um importante assunto: racismo no futebol e também no mundo, em entrevista ao GE.

O jovem comentou que já foi vítima de racismo, em uma partida de futebol, quando era ainda mais novo, em sua cidade natal: Brasília. Na ocasião, o atacante tinha apenas nove anos e precisou lidar com a situação, que não avançou com a segurança pública do local, por mais que tenha realizado o Boletim de Ocorrência.

“Racismo é uma coisa forte. É difícil para nós falarmos. É triste ver isso. Eu sofri, sim, quando tinha 9 anos em Brasília. Minha tia foi na Polícia, fez boletim (de ocorrência) e não deu em nada. Era 1 a 1, um jogo em Brasília, eu fiz o gol da virada e fui comemorar. Os pais dos garotos do outro time, acho que subiu raiva no coração deles, começaram a me chamar de macaco, fazer gestos obscenos. De pequeno, eu não sabia. Minha tia foi na polícia, fez o boletim de ocorrência, mas não deu em nada. Quando fiquei sabendo, deixei nas mãos de Deus. As pessoas que fazem isso com Vini ou que fazem na Libertadores, que acontece bastante também, Deus vai pesar a mão, fazer o que for preciso para essas pessoas melhorarem ou vai acontecer algo pior quando Ele voltar.”, disse o jovem.

O jogador também comentou que não vai se abalar com a situação e seguir da cabeça erguida. O atacante foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira principal por sua boa temporada com as cores do Palmeiras. O jovem já está vendido para o Real Madrid, da Espanha e é tratado como uma grande joia.

Não vou me abalar com isso, vou seguir de cabeça erguida. Se eles fizerem, eles vão ficar bravos porque eu não vou me irritar, vou ficar tranquilo.”, terminou.